Bolsa desaba e dólar sobe em nova ‘Black Monday’

Ibovespa abre em forte queda nesta segunda-feira 4, primeira sessão do ano, marcada por aversão ao risco após a atividade industrial na China mostrar retração pelo 10º mês seguido, reacendendo as preocupações sobre a economia do país asiático; às 10h24 (horário de Brasília), o benchmark caía 1,95%, a 42.503 pontos; mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% na sua primeira operação de 2016, forçando as bolsas a suspenderem as operações pela primeira vez; moeda chinesa alcançou maior desvalorização desde 2011 em relação ao dólar; sobre o real, a moeda norte-americana salta 2,5% e passa de R$ 4; comportamento do mercado reforça o cenário de crise global

Ibovespa abre em forte queda nesta segunda-feira 4, primeira sessão do ano, marcada por aversão ao risco após a atividade industrial na China mostrar retração pelo 10º mês seguido, reacendendo as preocupações sobre a economia do país asiático; às 10h24 (horário de Brasília), o benchmark caía 1,95%, a 42.503 pontos; mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% na sua primeira operação de 2016, forçando as bolsas a suspenderem as operações pela primeira vez; moeda chinesa alcançou maior desvalorização desde 2011 em relação ao dólar; sobre o real, a moeda norte-americana salta 2,5% e passa de R$ 4; comportamento do mercado reforça o cenário de crise global
Ibovespa abre em forte queda nesta segunda-feira 4, primeira sessão do ano, marcada por aversão ao risco após a atividade industrial na China mostrar retração pelo 10º mês seguido, reacendendo as preocupações sobre a economia do país asiático; às 10h24 (horário de Brasília), o benchmark caía 1,95%, a 42.503 pontos; mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% na sua primeira operação de 2016, forçando as bolsas a suspenderem as operações pela primeira vez; moeda chinesa alcançou maior desvalorização desde 2011 em relação ao dólar; sobre o real, a moeda norte-americana salta 2,5% e passa de R$ 4; comportamento do mercado reforça o cenário de crise global (Foto: Gisele Federicce)


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Por Ricardo Bomfim - O Ibovespa tem queda no primeiro pregão de 2016 seguindo o pânico global por conta da China depois de novos dados abaixo das expectativas na segunda maior economia do mundo. A bolsa chinesa despencou 7%, enquanto os índices europeus recuam entre 2% e 4,2% e Dow Jones e S&P 500 caem mais de 1,8%. No Brasil, as previsões do Relatório Focus mostram mais um ano de forte retração da economia. O Citiprevê que a atividade brasileira recue 2,4% em 2016 e que a inflação atinja 8,4%.

Às 12h25 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira caía 1,83%, a 42.555 pontos, ainda com muitos papéis em leilão. Vale lembrar que hoje é o primeiro dia de negociação da nova carteira do Ibovespa. O dólar comercial avança 2,93% a R$ 4,637 na venda, enquanto o dólar futuro para fevereiro sobe 2,44% a R$ 4,096. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 recua 3 pontos-base a 15,84%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 tem alta de 1 ponto-base a 16,63%.

Para o estrategista da Sonar, André Delben Silva, o dia hoje é de aversão a risco por conta de mais uma prova do esgotamento do modelo de crescimento chinês. "Esta queda é mais um capítulo nesse ciclo de desaceleração da China. A mudança do modelo de investimento e exportação para o consumo interno não é fácil. Esta transição foi e voltou nos últimos anos porque o governo sempre dá mais estímulos quando a economia piora e abandona o remédio amargo". Na sua avaliação, a China é um forte candidato a ser a maior fonte de problemas para o mercado em 2016, especialmente por conta do alto grau de endividamento das empresas do país.

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Noticiário político

No cenário político, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016 com veto ao reajuste do Bolsa Família. Dilma ainda sancionou a Medida Provisória 690, que dispõe sobre a incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre bebidas quentes, como vinho e destilados, convertida agora na Lei 13.241.

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A área econômica não cederá à pressão do PT para usar as reservas, diz informação da Folha de S. Paulo.

Indicadores

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A indústria brasileira marcou em dezembro seu 11º mês seguido de contração, com queda no volume de produção e de novos pedidos, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nesta segunda-feira. O Markit informou que o PMI da indústria nacional ficou em 45,6 em dezembro, ante 43,8 em novembro, quando atingiu a pior marca em cerca de seis anos e meio. Apesar da ligeira melhora, o índice ficou abaixo da marca de 50 que separa retração de crescimento em todos os meses de 2015, exceto em janeiro, quando a leitura foi de 50,7.

Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 oscilou de uma retração de 2,81% para uma de 2,95%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 10,72% em 2015 e de 6,87% este ano.

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