EX-BC Armínio Fraga se diz "descrente" com o Brasil
Ex-presidente do Banco Central durante o governo do ex-presidente Fenando Henrique Cardozo e cotado para ser o ministro da Fazenda caso o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, vencesse as últimas eleições presidenciais, Armínio Fraga voltou a criticar o governo e a política econômica da presidente Dilma Rousseff; dizendo-se "descrente" quanto ao futuro do Brasil; Fraga diz que se estivesse à frente da economia "jogaria no ataque", promovendo uma "grande mudança de regime econômico"; detalhe: quando deixou o BC, o dólar estava em quase quatro reais, a inflação em dois dígitos, o País nãp possuía reservas e o crescimento econômico era pífio
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247 - O ex-presidente do Banco Central durante o governo do ex-presidente Fenando Henrique Cardozo e cotado para ser o ministro da Fazenda caso o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, vencesse as últimas eleições presidenciais, Armínio Franga, se diz "descrente" quanto ao futuro do Brasil e que "jogaria no ataque", promovendo uma "grande mudança de regime econômico".
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Fraga disse que o país "em algum momento", "se perdeu completamente" durante o governo Lula para despertar em um "pesadelo de um país paralisado, com um modelo ruim que não está sendo corrigido".
Para o ex-presidente do Banco Central, será difícil fazer com que o Brasil reencontre o caminho do crescimento econômico. Do jeito que a economia está hoje desenhada, mesmo que este ciclo passe – e não vai passar fácil –, não está com cara de que o País vai crescer muito. Há essa ideia de que possa ser cíclico, de se fazer um ajuste gradual. Na verdade, tem de ajustar muita coisa, porque senão não vai ser cíclico, não: isso é uma queda de padrão, é um degrau. Caiu e acabou. Para voltar, vamos ter de trabalhar muito", disse.
Ele também criticou a substituição do ex-ministro da fazenda Joaquim Levy por Nelson Barbosa "porque um ministro da Fazenda, por melhor que seja, não é o presidente. Hoje, temos um novo ministro da Fazenda que foi o arquiteto de um modelo que deu errado. Portanto, tem de se provar em dobro", destacou.
Fraga diz que se Aécio Neves tivesse ganho a eleição e ele estivesse à frente do comando da economia, o resultado seria "uma grande mudança de regime econômico" incluindo a "desvinculação de receitas; uma profunda reforma da Previdência, mexendo na idade e desvinculando o piso do salário mínimo; profunda reforma tributária; reforma trabalhista; abrir gradualmente a economia; desmontar a nova matriz econômica. Em paralelo a outros esforços, que trariam os juros para baixo para todo mundo. Um BNDES mais transparente e com mais rigor na análise do impacto social".
Confira aqui a entrevista de Armínio Fraga ao Estadão.
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