Com Temer, BNDES recua 13 anos e volta aos níveis de 2003

O direcionamento do governo de Michel temer pode fazer com que o BNDES retroceda 13 anos; a mudança de orientação para as concessões de empréstimos, combinada à falta de demanda dos empresários por crédito para investir, deve levar o banco de fomento a voltar a ter o tamanho, em termos de desembolsos, do início da década passada; até novembro, o BNDES emprestou apenas R$ 76,5 bilhões, uma queda de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os desembolsos já tinham encolhido outros 30%; mantida essa tendência, o volume de empréstimos pelo banco em 2016 deve ser equivalente ao observado em 2003, quando os desembolsos somaram R$ 81,7 bilhões

Michel Temer
Michel Temer (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O direcionamento do governo de Michel temer pode fazer com que o BNDES retroceda 13 anos. A mudança de orientação para as concessões de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico, combinada à falta de demanda dos empresários por crédito para investir, deve levar o banco de fomento a voltar a ter o tamanho, em termos de desembolsos, do início da década passada. Até novembro, o BNDES emprestou apenas R$ 76,5 bilhões, uma queda de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os desembolsos já tinham encolhido outros 30%. Mantida essa tendência, o volume de empréstimos pelo banco em 2016 deve ser equivalente ao observado em 2003, quando os desembolsos somaram R$ 81,7 bilhões.

As informações são de reportagem do Valor. 

"Por enquanto, não há sinais de reversão dessa tendência. As consultas de crédito, um termômetro da intenção de investimento dos empresários, por serem o primeiro passo para pedir empréstimo ao banco, mostraram recuo de 9% de janeiro a novembro deste ano, ante igual período do ano passado, para R$ 104,4 bilhões. Somente em novembro as consultas caíram 19,4% em relação ao mesmo mês de 2015, para R$ 9,3 bilhões - o menor patamar em consultas para meses de novembro, a preços constantes, desde 2002 (R$ 9,025 bilhões).

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Para o BNDES, o resultado é mais um reflexo da dificuldade de retomada da economia, enquanto analistas consultados pelo Valor avaliam que o alto nível de ociosidade, principalmente na indústria, não justifica novos investimentos na economia.

Na prática, a maioria das fases de operação de concessão de crédito mostrou resultado negativo. Enquadramentos de empréstimo caíram 7% nos primeiros onze meses do ano, sempre na comparação com o mesmo período de 2015, para R$ 93,4 bilhões. As aprovações de crédito também recuaram 26% de janeiro a novembro deste ano ante igual período em 2015, para R$ 67,5 bilhões. Na comparação com novembro do ano passado, as aprovações caíram 51% em novembro deste ano, para R$ 5 bilhões."

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