Classe A perdeu mais renda com o golpe

O caos econômico e o clima de "quanto pior, melhor" instaurado para derrubar a presidente Dilma Rousseff (PT) atingiu em cheio a classe A; esse grupo, com ganho mensal familiar acima de R$ 16,3 mil, é o que mais perdeu renda durante a atual recessão; levantamento feito pela Tendências Consultoria mostra que a massa de rendimentos real desse grupo recuou 2,9% em 2016, enquanto a queda média geral foi 2%; desempenho, para especialistas, é resultado da forma como os brasileiros no topo da pirâmide social estão inseridos no mercado de trabalho - a proporção de empreendedores é, de longe, a maior entre todos os grupos

Cartões, dinheiro e cheques. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Cartões, dinheiro e cheques. Foto: Marcos Santos/USP Imagens (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O caos econômico e o clima de "quanto pior, melhor" instaurado para derrubar a presidente Dilma Rousseff (PT) atingiu em cheio a classe A. Esse grupo, com ganho mensal familiar acima de R$ 16,3 mil, é o que mais perdeu renda durante a atual recessão. Levantamento feito pela Tendências Consultoria mostra que a massa de rendimentos real desse grupo recuou 2,9% em 2016, enquanto a queda média geral foi 2%. Na classe B a perda atingiu 2,1%; na C, 0,8% e na D/E, 1,4%.  O desempenho, para especialistas, é resultado da forma como os brasileiros no topo da pirâmide social estão inseridos no mercado de trabalho - a proporção de empreendedores é, de longe, a maior entre todos os grupos. "A renda se confunde com o lucro das empresas, que é muito mais sensível aos ciclos econômicos", explica Adriano Pitoli, autor do estudo.

As informações são de reportagem do Valor.

"Na classe A, grupo em que estão as famílias com renda mensal acima de R$ 16,3 mil, 28% dos chefes de domicílio são empregadores, contra 5% na classe C. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostra que a massa de renda dos empregadores caiu 9,5% em termos reais entre janeiro e setembro de 2016, na comparação com igual intervalo de 2014, contra queda de 3,1% entre os trabalhadores do setor privado e recuo de 0,4% entre os conta própria, categoria mais precária, em que se encaixam, por exemplo, os "bicos".

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Esse processo, diz o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, atinge especialmente a parcela de emergentes das classes A e B, brasileiros que ascenderam socialmente no último ciclo de crescimento. "Ele não é o empregado qualificado, que consegue se recolocar ganhando menos. Ele é um comerciante, um empresário", avalia. Pesquisa do instituto mostra que 51% do topo da pirâmide é formado pelos primeiros membros de suas famílias, que chegaram nessa posição empreendendo."

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