Recessão de Temer aumenta déficit habitacional

A recessão recorde da administração de Michel Temer fez disparar o gasto com aluguel, o que, somado ao encolhimento do setor de construção civil e do programa Minha Casa, Minha Vida, deve fazer avançar o déficit habitacional no país. Dados preliminares da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mais recente, de 2015, aponta crescimento anual de cerca de 30% dos lares afetados pelo alto comprometimento da renda com pagamento do aluguel; no total 3,8 milhões de moradias têm esse problema, dado que agrava o déficit habitacional; além disso, entre 2013 e 2015 houve redução de quase 400 mil unidades na produção de novos domicílios, após mais de cinco anos de avanço

Programa "Minha casa, minha vida" entrega residencias em Feira de Santana.
Na foto:
Foto: Manu Dias/AGECOM
Programa "Minha casa, minha vida" entrega residencias em Feira de Santana. Na foto: Foto: Manu Dias/AGECOM (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - A recessão recorde da administração de Michel Temer fez disparar o gasto com aluguel que, somado ao encolhimento do setor de construção civil e do programa Minha Casa, Minha Vida, deve fazer avançar o déficit habitacional no país. Dados preliminares da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mais recente, de 2015, aponta crescimento anual de cerca de 30% dos lares afetados pelo alto comprometimento da renda com pagamento do aluguel. No total 3,8 milhões de moradias têm esse problema, dado que agrava o déficit habitacional. Além disso, entre 2013 e 2015 houve redução de quase 400 mil unidades na produção de novos domicílios, após mais de cinco anos de avanço.

As informações são de reportagem do Valor

"Para especialistas, essa dinâmica, que continuará em 2017, tem o poder de reverter a estabilidade dos últimos anos do déficit habitacional, que girou em torno de 5,5 milhões a 6 milhões de moradias.

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Luiza Souza, coordenadora da Fundação João Pinheiro (FJP), entidade do governo mineiro que há mais de 20 anos produz estudo sobre o déficit habitacional que é adotado como oficial pelo Ministério das Cidades, explica que quase 85% das famílias que figuram no indicador ganham até três salários mínimos. São elas as que mais sofrem com a baixa produção de moradias com subsídio público e o gasto excessivo com aluguel num contexto de renda em queda.

'Em 2007, o ônus excessivo com aluguel representava 32% do déficit habitacional do país. Em 2014 subiu para 48%, uma alta muito acentuada. Nas regiões metropolitanas, onde sabemos que o aluguel compromete ainda mais o orçamento familiar, o peso do componente é bem superior a 50%. Isso deve se acentuar ainda mais nos próximos anos, principalmente com a crise recente', prevê Luiza."

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