Petroleiras podem emplacar ministro de Minas e Energia

Bolsonaro pode anunciar esta semana o nome do ministro das Minas e Energia do novo governo; são três nomes cogitados: o ex-secretário executivo do Ministério, Paulo Pedrosa, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires e o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA); os três são lobistas das petroleiras estrangeiras e inimigos da Petrobrás, assim como o futuro presidente da empresa, anunciado nesta manhã, Roberto Castello Branco; há denúncias graves contra todos eles 

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247 - A equipe de transição de Jair Bolsonaro tem vazado à imprensa que esta semana deve ser anunciado o nome do ministro das Minas e Energia do novo governo. São dois nomes cotados, segundo informam as jornalistas Tânia Monteiro  e Anne Warth: o ex-secretário executivo do Ministério,Paulo Pedrosa, e o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Outro nome cogitado é o do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). Os três são lobistas das petroleiras estrangeiras e inimigos da Petrobrás, assim como o futuro presidente da empresa, anunciado nesta manhã, Roberto Castello Branco (leia aqui). Há denúncias graves contra todos eles.

Segundo reportagem de Monteiro e Wath publicada em O Estado de S.Paulo, Paulo Pedrosa teria o apoio do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, e do setor privado, enquanto Adriano Pires contaria com a simpatia de Onyx Lorenzoni, que vai ocupar a Casa Civil, do atual ministro da pasta, Moreira Franco, do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, além de políticos que atuam na área, como os deputados Leonardo Quintão (MDB-MG) e José Carlos Aleluia (DEM-BA), todos esses com atuação decisiva na entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras.

Ex-secretário executivo do Ministério entre maio de 2016 e abril deste ano, na equipe do ex-ministro e deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), Paulo Pedrosa. Ele foi apontado, num documento oficial da chancelaria britânica, obtido pelo Greenpeace e publicado em primeira mão pelo 247há um ano (aqui), como lobista da Shell, mesmo ocupando o posto de secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia. No documento do governo da Inglaterra, o ministro de Comércio Greg Hands relatou como Paulo Pedrosa, atuava no interior do governo brasileiro para servir à Shell, que teve todos os seus pedidos atendidos: menos impostos, menos conteúdo nacional e menos exigências ambientais. Pedrosa é também lobista da privatização da Eletrobrás. Ele conversou há poucos dias com o futuro Paulo Guedes, e há cerca de dez dias se reuniu com Mourão, que deve ser o coordenador dos ministérios no governo Bolsonaro. 

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As denúncias contra Adriano Pires não são menos graves. Documentos do WikiLeaks revelam que ele tem colaborado há anos com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, segundo documentos diplomáticos secretos do governo estadunidense. Além disso, informa a reportagem de O Estado de S.Paulo, "há investigações em andamento em empresas onde o executivo integra o conselho". Pires é hoje muito próximo de Lorenzoni e também se aproximou muito nos últimos meses do atual ministro das Minas e Energia.

O terceiro nome cogitado é o do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que não conseguiu se reeleger. Aleluia é um conhecido lobista das petroleiras e esteve no centro da articulação para a entrega do pré-sal, ao lado de José Serra, nas semanas que antecederam o golpe de 2016. Também é próximo de Lorenzoni e conhecido, além de lobista das petroleiras, como lobista das empresas privadas de energia elétrica, sendo um dos mais ardorosos defensores da privatização do setor.

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