Ingleses calem a boca

Os tempos do colonialismo já se foram e não aceitamos mais ingerências em nossos assuntos internos



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A revista britânica The Economist, em matéria publicada esta semana, criticou as medidas econômicas do governo brasileiro, qualificou a economia brasileira de "moribunda criatura" e disse que se a presidenta Dilma quiser se reeleger em 2014 deve demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Não posso me calar diante de tamanho descalabro com a soberania nacional. A população brasileira deve estar se perguntando  com que direito estes senhores se arvoram em criticar o Brasil e a opinar sobre nossos assuntos internos?

A direcão da revista parece se esquecer que os tempos do colonialismo, infelizmente para eles, já se acabou. Vivemos em pleno século XXI e de acordo com normas e convenções internacionais, a ingerência externa em assuntos de natureza interna de outros paises é amplamente condenada pelas nacões consideradas modernas e democráticas.

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Desesperados com os catastróficos desempenhos das economias inglesa e americana - 50% dos leitores da The Economist são americanos - eles tentam criar um clima de insegurança em relação à economia brasileira na tentativa de afastar daqui os grandes investidores.

Para a The Economist, existe uma "intromissão" excessiva do governo brasileiro na economia. "Ainda mais do que Luiz Inácio Lula da Silva, a senhora Rousseff parece acreditar que o Estado deve dirigir as decisões do investimento privado. Estas micro-intervenções derrubam a confiança na política macroeconômica," afirma a reportagem.

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Ao qualificar a chefe de estado de uma nação estrangeira de "intrometida-chefe" referindo-se à presidenta Dilma e às intervenções do Estado no mercado brasileiro, os editores da revista estão abrindo portas para uma crise diplomática internacional.

A revista deveria se preocupar com os sombrios destinos da economia inglesa que patina já há algum tempo sem que governo e oposição se entendam a respeito do que fazer.

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A definição técnica de recessão é dois trimestres seguidos de crescimento negativo, mas o certo é que a economia britânica vem aos trancos e barrancos há mais de um ano.

Na semana passada, o Banco da Inglaterra (Banco Central) reconheceu que não podia descartar a possibilidade de que "o PIB caia três semestres consecutivos". Segundo informe do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), a economia britânica já entrou tecnicamente em recessão.

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A política conservadora do primeiro ministro David Cameron levou à recessão o país e ele reconheceu recentemente na  Câmara dos Comuns, que a situação já difícil se complicou ainda mais.

O trabalhista Ed Miliband, líder da oposição, qualificou os dados da economia inglesa como "catastróficos" e assinalou que eles eram de inteira responsabilidade da política do primeiro ministro e de seu ministro da Economia .

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Segundo Simon Wells, economista do banco HSBC, "o Reino Unido apenas começou seu esforço de consolidação fiscal e o setor governamental seguirá impactando negativamente sobre a possibilidade de crescimento do PIB nos próximos cinco anos".

Ou seja, eles intervem no mercado mas nós não podemos tomar medidas que consideremos importantes. Dois pesos e duas medidas. Os ingleses deveriam se preocupar com a sombria situação de seu país para o futuro e deixar o Brasil em paz. Ou melhor, não se meter onde não são chamados. Do Brasil cuidamos nós!

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