Oposição ataca economia do País em uníssono

Numa tacada só, PSDB, DEM e PPS fazem duras críticas à política econômica. Análise do Instituto Teotônio Vilela, dos tucanos, diz que "país corre o risco de pôr a perder sua maior conquista recente: a estabilidade da moeda". Pelo Twitter, presidente do Democratas, senador Agripino Maia, aponta esgotamento de modelo baseado no "pouco incentivo ao investimento", enquanto Roberto Freire, do PPS, destaca "tombo da indústria no governo petista"

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247 – Os tiros da oposição foram apontados todos na mesma direção nesta sexta-feira 8. PSDB, DEM e PPS, os dois últimos por meio dos presidentes das siglas, fizeram duras críticas à política econômica do País. Inflação, câmbio, pouco incentivo aos investimentos, preços altos e crescimento baixo – os ataques passam por uma série de subtemas que envolvem as decisões da equipe econômica do governo federal.

Análise do Instituto Teotônio Vilela publicada no site do PSDB afirma, por exemplo, que o "país corre o risco de pôr a perder sua maior conquista recente: a estabilidade da moeda". No texto, a entidade aponta que "se a luz amarela já estava acesa há tempos, agora soaram todas as sirenes", depois que o IBGE informou, nesta quinta-feira, que o índice da inflação acumulado dos últimos 12 meses é de 6,15%, próximo da meta do governo, que é de 6,5%.

Após incluir opiniões do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini – que admitiu que a inflação não está confortável – e de avaliações de colunistas da imprensa, o texto ataca o PT, acusando o partido de historicamente ter tratado a inflação como "mal menor" e de "não morrer de amores pela austeridade".

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"O descontrole de agora decorre de erros da política econômica posta em prática pelo PT nos últimos anos. As ações do governo, seja o de Lula, seja o de Dilma Rousseff, foram todas voltadas a incentivar a demanda, enquanto a oferta não apenas não crescia como também enfrentava dificuldades ascendentes – como custos em escalada, escassez de mão-de-obra e infraestrutura insuficiente", declara o Instituto.

Já por parte do PPS, o ataque veio de Roberto Freire, presidente nacional do partido, que criticou, em artigo, "o tombo da indústria no governo petista". Segundo o deputado, ao contrário do que pensa a presidente Dilma Rousseff, que o Brasil vive uma boa situação econômica, dados "mostram uma realidade tremendamente preocupante na questão do emprego e, particularmente, no setor industrial brasileiro".

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Freire aponta a região do ABC Paulista, onde praticamente nasceu o sindicalismo brasileiro e a vida política do ex-presidente Lula, como "um dos exemplos mais emblemáticos de tamanho descalabro causado pela incompetência do governo". O deputado lembra: "O tombo da indústria na região foi dramático em 2012, com o fechamento de 52 mil postos de trabalho formais e informais".

Pelo Twitter, nesta manhã, o presidente do DEM, José Agripino Maia (RN), não ficou atrás de bater no que considera um modelo "esgotado", baseado, segundo ele, "no expansionismo fiscal descontrolado e no pouco incentivo ao investimento". "É preocupante ver o Brasil inserido no grupo dos que crescem pouco, por um lado; e dos que apresentam índices de preço mais alto, de outro", escreveu o senador.

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Agripino Maia afirmou ainda que "o excesso de burocracia e a carga tributária elevada dificultam a vida dos micro e pequenos empresários" e prometeu que, como presidente do Democratas, "irá cumprir o papel de estabelecer o debate político e de apontar o que está errado para aperfeiçoar".

Cenário

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As críticas são mantidas com veemência pelos partidos de oposição num momento em que medidas de estímulo à economia e intervenções para controlar a inflação e a taxa de câmbio são feitas pelo governo federal. As análises afirmam que o governo tem feito um diagnóstico equivocado e vão contra as decisões tomadas pela equipe econômica, como a recente redução na tarifa da energia elétrica e o aumento da gasolina e do diesel.

Em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, declarou que "estamos vivendo uma conjuntura de crescimento de investimento no Brasil", afirmou que o "câmbio é flutuante, porém alarmante" e que haverá desonerações para todos os setores, conforme prevê o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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