Alvo do PT, Bernardo faz sua própria Lei de Meios

Criticado no Partido dos Trabalhadores por não abraçar a proposta de regulação dos meios de comunicação, o ministro Paulo Bernardo adota medidas que podem ser ainda mais letais para a mídia impressa; afinal, com internet rápida e smartphones baratos, quem precisa de jornais em papel?; segundo o ministro, que participou de audiência no Senado, "a desoneração vai ser muito rápida, porque valerá para o consumidor, lá na ponta"; governo zerou alíquotas de PIS e Cofins e economia dos aparelhos chegará a 30% em comparação com os importados

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247 - O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, está na mira do PT. Tudo porque não seguiu a recomendação da Executiva Nacional do partido e engavetou um projeto de Lei de Meios preparado pelo ex-ministro Franklin Martins. No entanto, Bernardo tem lançado medidas que poderão ser mais letais para a mídia impressa do que uma Lei de Meios. Hoje, por exemplo, ele anunciou a eliminação de todos os impostos incidentes em smartphones até R$ 1,5 mil. Outra bandeira é a expansão da banda larga. Na visão de mundo de Bernardo, essa combinação de internet rápida e aparelhos mais baratos contribuirá mais para a democratização da informação do que uma Lei de Meios.

Leia, abaixo, noticiário da Agência Brasil sobre a desoneração dos smartphones:

Agência Brasil – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou, na manhã desta terça-feira, que a desoneração do governo a smartphones fabricados no Brasil terá efeito imediato ao consumidor. "Essa desoneração vai ser muito rápida, porque valerá para o consumidor, lá na ponta", disse ele, durante audiência pública no Senado.

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Os aparelhos vão ficar até 30% mais baratos do que os importados, segundo o Ministério das Comunicações. O Decreto nº 7.981, publicado na edição desta terça-feira 9 do Diário Oficial da União, desonera esses equipamentos da cobrança de PIS/Pasep e Cofins, com uma renúncia de até R$ 500 milhões ao ano, de acordo com informações do ministério.

De acordo com o decreto, terão direito à desoneração os celulares com internet em alta velocidade do tipo smartphone com valores até R$ 1.500. O decreto prevê que um ato do Ministério das Comunicações definirá as características técnicas que o celular deverá ter para ser considerado um smartphone com internet em alta velocidade e consequentemente ser desonerado.

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Segundo o ministério, entre as características técnicas necessárias do celular, que deverão constar do ato, estão o wi-fi, aplicativo de navegação e de correio eletrônico, sistema operacional que disponibilize kit de desenvolvimento por terceiros, tela igual ou superior a 18 centímetros quadrados e aplicativos desenvolvidos no país, inclusive por terceiros. Adicionalmente, o Ministério das Comunicações poderá em seu ato estabelecer valores inferiores ao previsto no decreto, a depender dos requisitos técnicos estabelecidos.

O Ministério das Comunicações informou ainda que assinou termo de compromisso com a Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e com os fabricantes de celulares para que a redução de impostos decorrente da inclusão dos aparelhos na Lei do Bem seja integralmente repassada aos consumidores. A desoneração de PIS/Cofins é dada na etapa de venda ao consumidor.

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De acordo com o ministério, está prevista a formação do Comitê de Aplicativos Móveis, formado por representantes do governo, operadoras e fabricantes. O objetivo é estabelecer diretrizes para o desenvolvimento de aplicativos no país e definir como podem ser usados nos smartphones beneficiados pela desoneração.

Segundo o ministério, a linha básica é desenvolver aplicativos focados nas necessidades brasileiras e não apenas traduções de aplicativos de sucesso desenvolvidos em outros países. Outro benefício esperado com a desoneração é incentivar a disponibilidade de aparelhos com tecnologia de quarta geração (4G) no padrão brasileiro, resultado do leilão realizado em junho de 2012. Hoje existem apenas três modelos com 4G no mercado brasileiro.

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Hoje os smartphones representam aproximadamente 27% do total de celulares vendidos no Brasil e a expectativa é chegar a 50% do total em 2014, ou cerca de 30 milhões, de acordo com informações do ministério.

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