Galo é campeão da Recopa
O dia 24 de julho se torna duplamente especial para os atleticanos. Primeiramente pela conquista da Libertadores em 2013, depois pela Recopa, que acabou no mesmo dia, um ano depois. Cinquenta e quatro mil pagantes foram festejar, mesmo que ainda não fosse certo, o título em disputa, mas principalmente relembrar a principal conquista do clube
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Crônica
O dia 24 de Julho se torna duplamente especial para os atleticanos.
Primeiramente pela conquista da Libertadores em 2013, depois pela Recopa, que acabou no mesmo dia, um ano depois. Cinquenta e quatro mil pagantes foram festejar, mesmo que ainda não fosse certo, o título em disputa, mas principalmente relembrar a principal conquista do clube.
Desde o primeiro minuto galo e Lanús se lançaram ao ataque. Mas foi no sexto que o defensor argentino pôs a mão na bola e o árbitro marcou pênalti para o galo. Tardelli, que buscava seu centésimo tento com a camisa alvinegra foi para batida, gol.
Tudo foi festa no Mineirão e em toda a Belo Horizonte.
Poderia pela primeira vez a torcida atleticana ter a tranquilidade de um título conquistado de forma fácil. Mas se não é sofrido, não é galo. Em um surto de qualidade da equipe argentina, Victor Ayala e Santiago Silva marcaram aos oito e vinte cinco minutos da primeira etapa.
O estádio se cala, mas ecoou em pouco tempo os gritos de “eu acredito”, como em quem ainda aposta suas fichas no time.
O time alvinegro não era mais o mesmo da decisão de 2013, mas ainda existia um forte sentimento de garra entre os jogadores em campo. Aos trinta e sete minutos, Maicosuel empatou e igualou o jogo para o Atlético.
O intervalo foi muito mais tranquilo para os presentes no estádio, novamente a euforia tomou conta das arquibancadas, junto a um nervoso desejo de que o jogo pudesse acabar na metade.
O segundo tempo começou e com ele uma chuva de bolas na defesa alvinegra, o time recuou e o Lanús avançou. Ronaldinho e Maicosuel saíram para a entrada de Guilherme e Luan, dois predestinados a glória na campanha do time na Libertadores passada.
Não se concretizavam as investidas do time argentino em campo, no final do jogo os torcedores cantavam como campeões, esperando não mais passar por sufocos.
Aí que vêm o inexplicável.
Bola lançada na área do galo, bate e rebate, uma confusão tremenda. Aos quarenta e sete minutos Victor Ayala chuta de sola e marca o gol redentor dos argentinos. Ouve-se, como diria Nelson Rodrigues, um silêncio ensurdecedor no Mineirão.
O jogo vai para a prorrogação, a torcida estava incrédula com mais um momento de ansiedade. Nos minutos adicionais o galo voltou a reinar em casa. Mesmo com o time muito cansado, se lançou ao ataque com agressividade, e dessa vez o Lanús se encolheu, mostrando muito nervosismo na defesa.
Aos sete minutos da primeira etapa, Luan correu pela ponta esquerda, e num cruzamento falho a bola desviou na zaga e enganou o goleiro. Gol do galo, a massa explode novamente. O primeiro tempo acaba e começada a etapa final, o mandante ainda ditava o ritmo. Acuado, Ayala tenta recuar uma bola para seu goleiro e o encobre, a bola morre dentro do gol.
Assim acaba o jogo, o Atlético é campeão da Recopa Sulamericana. Quiseram os deuses do futebol que as datas de duas grandes conquistas do clube ocorressem num dia só, é a única forma de pagar por todo o sofrimento da massa do galo.
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