Rio diz estar com obras dentro de prazo em "momento decisivo" de preparação para Olimpíada

"Na nossa cabeça a Olimpíada começa no ano que vem. Temos o desafio de começar a entregar estádios a partir de agosto e setembro e, provavelmente, vamos a cada dois meses inaugurar dois equipamentos olímpicos", disse o prefeito a jornalistas em entrevista coletiva no Parque Olímpico



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Por Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Rio de Janeiro vai entrar em 2015 em um "momento absolutamente decisivo" da preparação para os Jogos Olímpicos, mas está com as obras em dia e prevê começar a entregar as primeiras arenas a partir de agosto, afirmou o prefeito Eduardo Paes nesta sexta-feira, ao fazer um balanço do andamento dos trabalhos.

Paes fez uma apresentação comparando o avanço das obras entre janeiro e dezembro de 2014, ano em que a preparação da cidade chegou a ser apontada como "a pior de todos os tempos" por um dirigente do Comitê Olímpico Internacional (COI), antes de receber elogios em outubro.

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Ao destacar a evolução principalmente dos trabalhos no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, que vai receber 16 modalidades esportivas na Olimpíada, Paes disse que as principais dores de cabeça foram resolvidas e que agora basta manter o ritmo para concluir os preparativos dentro do prazo.

A construção do velódromo, com capacidade para 5 mil pessoas, foi apontada como a única obra atrasada no Parque Olímpico, mas o prefeito disse que as três semanas de atraso no cronograma "são facilmente recuperáveis".

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"Na nossa cabeça a Olimpíada começa no ano que vem. Temos o desafio de começar a entregar estádios a partir de agosto e setembro e, provavelmente, vamos a cada dois meses inaugurar dois equipamentos olímpicos", disse o prefeito a jornalistas em entrevista coletiva no Parque Olímpico.

"É um desafio muito grande. A situação nunca é confortável, mas as coisas estão bastante em dia. Todas as obras estão absolutamente dentro do prazo. Nós temos pleno controle do processo hoje", acrescentou.

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Entre os principais avanços apontados pela Prefeitura do Rio neste ano está o início das obras do Parque Olímpico de Deodoro, que estavam atrasadas e só começaram a sair do papel em julho. Outros avanços incluem obras de mobilidade urbana na cidade e a construção da Vila Olímpica, que está 60 por cento concluída.

Apesar de as autoridades apontarem que as obras estão bem encaminhadas, os organizadores dos Jogos Olímpicos enfrentam problemas em outras frentes, como por exemplo a poluição da Baía de Guanabara, onde serão disputadas as provas de vela.

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Nesta semana, pesquisadores da Fiocruz detectaram inclusive bactérias resistentes a antibióticos nas águas que desembocam na baia, o que aumentou a preocupação com a qualidade da água na raia olímpica. Atletas que treinam e competem no local frequentemente reclamam da sujeira.

Questionado sobre o problema, Paes disse que o tema não é da alçada da Prefeitura, e apontou a responsabilidade para o governo do Estado, mas afirmou que "a qualidade da água está melhorando".

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COBRANÇAS E ELOGIOS DO COI

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Ao longo de 2014, os preparativos do Rio para os Jogos Olímpicos passaram de duramente criticados a alvo de elogios do Comitê Olímpico Internacional.

Em abril, o vice-presidente do COI, John Coates, descreveu a organização brasileira como "a pior preparação de todos os tempos", apontando atrasos em obras e falta de coordenação no trabalho. Federações internacionais também criticaram o Rio pelo ritmo dos preparativos.

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Preocupado com uma possível repetição na Olimpíada dos atrasos que marcaram a preparação do Brasil para a Copa do Mundo, o COI decidiu tomar uma série de medidas este ano, incluindo aumentar a presença de funcionários do comitê na cidade.

Em outubro, a cidade foi elogiada pelos dirigentes após visita da equipe de coordenação do COI, que voltará ao Rio em fevereiro de 2015.

O orçamento dos Jogos Olímpicos é de 37,6 bilhões de reais, dos quais 24,1 bilhões são destinados para obras de infraestrutura e 6,5 bilhões são para a construção de equipamentos feitos exclusivamente para a Olimpíada. Os outros 7 bilhões são do comitê organizador.

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