A CBF dos filhotes da ditadura vai de mal a pior
A escolha de Felipão para comandar a seleção em 2014 é a pior possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo cabeça-de-bagre dos gramados, que jamais esqueceu como era humilhado pelos craques
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Luiz Felipe Scolari será anunciado como novo técnico da Seleção Brasileira pela dupla de filhotes da ditadura José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, cuja condição de antigos colaboradores do regime militar já foi exaustivamente provada pelo Juca Kfouri.
É a PIOR escolha possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo cabeça-de-bagre dos gramados, que jamais esqueceu como era humilhado pelos craques. Depois, como técnico, passou o resto da vida priorizando a transpiração e detestando os que têm inspiração.
No seu caso, o ressentimento dos limitados contra os naturalmente talentosos atinge o paroxismo. Sempre preparou as equipes para a guerra, não para competições esportivas. Daí suas conquistas serem quase todas em torneios de curta duração, nos quais o entusiasmo às vezes prevalecia.
Antes de se tornar totalmente superado, como está agora, ele vencia mata-matas --e não medíocres como a Copa do Brasil 2012, seu canto do cisne.
Só que, após a conquista do Mundial de 2002, até como técnico motivador ele tem fracassado melancolicamente.
Foi o maior responsável pelo rebaixamento do Palmeiras, tendo perdido totalmente a autoridade moral sobre o elenco quando os jogadores ficaram sabendo que, por meio de um capacho, ele vazara às torcidas organizadas o nome de jogadores baladeiros, para que os brucutus os fossem hostilizar. Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir daí, entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.
E, perante quaisquer esportistas de verdade, Felipão se desqualificou definitivamente ao admitir que o Palmeiras entregasse jogos para prejudicar o Corinthians no Brasileirão 2010. Chegou ao cúmulo de liberar todos os titulares para férias antes da última partida.
O pior de tudo é que sua indicação é uma aposta dos saudosos do autoritarismo na fabricação de um clima patrioteiro, idêntico ao que havia no Brasil em 1970 e na Argentina em 1978.
Não funcionará, é claro, com o Brasil tendendo a ser detonado pela Argentina do grande Messi ou pela excelência do jogo coletivo da Espanha e Alemanha. Para superar nossa evidente inferioridade diante de tais adversários, precisamos de técnicos estrategistas, não trogloditas.
Se seguirmos adiante com Marin, Del Nero e Felipão, o maracanazzo de 1950 não vai se repetir... porque nem sequer chegaremos à finalíssima. O mais provável é não passarmos nem das quartas-de-final, com o mestre Felipão se igualando a seu discípulo Dunga.
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