Conflito Vecci-Baldy cria mais tensão no governo
Em carta endereçada ao governador, jovem secretário de Indústria e Comércio ameaça deixar o cargo ao se queixar da concentração de poder e de ações positivas nas mãos do colega da Gestão e do Planejamento; insatisfação começou com a implantação do PAI, programa que reúne sob a alçada da Segplan a maior parte dos projetos do governo; a gota d'água, porém, foi o compartilhamento dos recursos do fundo de investimentos do Programa Produzir, vitrine da SIC; segundo a fonte do Goiás247, Perillo teria concordado com os argumentos de Baldy, especialmente na parte em que ele fala em deixar a pasta
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Goiás 247_ O secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, fez via carta uma queixa formal ao governador Marconi Perillo em relação à postura centralizadora do colega de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci. A interlocutores próximos, Perillo confidenciou sua concordância com parte das reclamações de Baldy, especialmente no trecho do documento em que ele ameaça deixar o cargo. A crítica e a ameaça de Baldy acrescentam ainda mais tensão ao já conturbado ambiente interno do governo estadual.
Baldy reclama fundamentalmente da falta de apoio e da cobiça da Segplan por programas originalmente vinculados à SIC. Os dois secretários se estranham desde a criação do PAI (Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento), um projeto criado pela Segplan que canibaliza, concentra e gerencia a maior parte dos recursos disponíveis em diversas áreas do Estado para obras e serviços.
O Goiás247 não teve acesso ao conteúdo da carta. Mas, segundo uma fonte muito próxima ao governador, a gota d’água para Baldy teria sido o fato de Vecci passar a gerir parte do fundo de investimentos do Programa Produzir (que incentiva a criação e ampliação de empresas), a grande vitrine da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC).
A criação do PAI e a concentração de poder nas mãos de Vecci também despertaram ciúmes em outros auxiliares do governo Perillo. O exemplo mais eloquente dos atritos na equipe foi a reação do grupo do deputado federal Armando Vergílio (PSD), que deixou o comando da secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana depois que a Segplan interferiu na gestão do projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que envolve cerca de R$ 1,2 bilhão.
O desconforto com Vecci, porém, não é o único foco de problemas entre Baldy e seus colegas de governo. Nos bastidores, o jovem secretário revela outra insatisfação. A SIC queria tocar a obra do Centro de Convenções de Anápolis, mas o serviço está sendo gerenciado pela Agetop, de Jayme Rincón (que por sua vez também não engole Vecci).
Anápolis é base de Baldy, e a obra do Centro de Convenções, já em andamento, vai movimentar cerca de R$ 110 milhões. É, ao lado do Aeroporto de Cargas, um dos principais projetos do governo de Perillo para a cidade.
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