Vai um “rolezinho” aí!?

Por que essas pessoas não se dispõem a fazer rolezinhos em bibliotecas públicas para ler livros, em escolas públicas para realizar mutirões e arrumar estrutura física de onde irão estudar?



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Nestes últimos dias temos acompanhado notícias em vários veículos de comunicação sobre as “turminhas” que resolveram se reunir e marcar visitinhas, passeios, chamados de rolezinhos, por shoppings de várias cidades do País.

O mais ridículo disso tudo não são tais encontros acontecerem, e sim virarem temas de discussões sociais e defendidos por antropólogos que têm a coragem de afirmar se tratarem tais encontros de inserção social! Hein!?? Baderna, gritaria, gente querendo mostrar seu lado “injustiçado”,, expondo sua revolta com os “burgueses” é agora prática de inserção social!?? Falta de educação e de respeito, isso pra mim tem outra definição.

Pois bem, vamos analisar o contexto social do rolezinho. Primeiramente, combinar com uma turma de amigos, ou de pessoas do mesmo time, religião, pensamentos e afins a que se pertence de “agitar” alguma festa, um encontro religioso, shoppings, cinemas e praças públicas, é perfeitamente aceitável, desde que isso seja uma reunião totalmente sadia, organizada com o único intuito de diversão e distração. É uma oportunidade de encontro, de trocar opiniões e de expor pensamentos positivos que colaborem ao bem comum de todos. Ok!? E vamos combinar que isso também pode ser considerado um rolezinho!

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Agora, combinar uma baderna, de juntar todo mundo em algum lugar para gritar, aterrorizar, depredar patrimônio público e particular, isso passou longe de ser diversão e muito menos, inserção social. Isso é uma falta de respeito ao ambiente em que se vive.

Agora vejamos: logo surgirão mais “ANTAoprólogos” e esquerdistas de quinta querendo defender tais atitudes e afirmando ser isso “normal”, que a massa tem direitos! Óbvio que tem direitos! Mas antes de exigirem tais direitos, favor não esquecerem que existem OBRIGAÇÕES. Obrigação de respeitar ao próximo como a si mesmo (Lei de Deus), obrigação de respeitar o ambiente a que frequentam, e isso inclui as pessoas ali presentes também. Ninguém aqui está dizendo que nossa sociedade é dividida entre ricos e pobres, ou entre burgueses e grande massa, mas é evidente que algumas diferenças são notáveis. Me digam por quê não vemos, sob nenhuma hipótese, os chamados “burgueses revoltados” marcando rolezinhos pra mostrar seus carrões, motos e afins e isso ser considerado inserção social!??? A resposta parece simples e óbvia. Porque ninguém quer ostentar e mostrar que tem ou o que não tem, a não ser que seja algum “rei do camarote” de vida vazia e que de tão pobre só possui dinheiro.

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Por que essas pessoas não se dispõem a fazer rolezinhos em bibliotecas públicas para ler livros, em escolas públicas para realizar mutirões e arrumar estrutura física de onde irão estudar para melhorar a qualidade do que lhe são ofertados, em praças públicas para replantio de árvores, de flores, limpeza, conjuntamente com presidentes das associações de seus bairros e responsáveis por prefeituras para ter ambiente de lazer comum a todos; rolezinho em igrejas e centros espíritas, que sempre buscam fazer caridade, arrecadam alimentos, vestuário e medicamentos aos mais necessitados e ajudam suas comunidades como um todo?? Isso SIM, ao meu ponto de vista, seria uma excelente forma de exercitar a cidadania e a inserção e inclusão social, tão grandiosa que creio não ficaria nada excluído e muito menos desaproveitado.

São pessoas que querem seu espaço. Ok, todos queremos. O que acontece é que ninguém tem loja em shopping de graça, ninguém tem carro próprio, casa própria, roupas e demais de graça, todos trabalham, e muito duro, para melhorarem seu padrão de vida, e nada acontece do dia pra noite, como muitos desses grupinhos parecem pensar. É obvio que existem os bem nascidos, que tiveram a sorte de terem pais já ricos, mas o que os faz pensar que os pais “ricos” ficaram ricos sem fazer esforço, sem trabalhar, sem abrir mão de seu tempo, inclusive com seus filhos, ou então não tiveram que escolher entre estudar e viajar, comprar um livro ou fazer um lanche, dormir ou ir à luta!?? Mas o que é isso!?? Tudo pra essas pessoas que fazem mesmo é baderna, e não rolezinho, é motivo de se sentirem discriminados, fora do contexto social, excluídos?!

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Me desculpem, mas a pior discriminação vem de vocês mesmos! Conheço tanta gente humilde que tem a perfeita noção de respeito, de consideração, que educam seus filhos com o suor de seu rosto, que acordam de madrugada, enfrentam esse transporte público horroroso, se dedicam aos seus trabalhos com amor e são reconhecidas por isso e que também acham um abuso tais rolezinhos.

Parem de julgar tudo pela aparência, de imaginar que a grama do vizinho é mais verde, que a vida do amigo é mais colorida, que o peso do colega de trabalho é mais leve! Tenham paciência! Acordem! Repensem seus valores, aprendam a respeitar a si mesmos e a gostar do que a vida lhes oferece, e se não estão satisfeitos, se esforcem para mudar sua própria história. Prefeituras oferecem cursos gratuitos, escolas particulares costumam ter concursos de bolsas, universidades públicas já oferecem cotas e as particulares também têm programas de bolsas. Então, AJAM com sua vida e parem de reclamar que não tiveram “oportunidade”.

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A tal da oportunidade não vai bater às suas portas! Levanta e FAZ! E por favor, rolezinho pra aprender a ter educação, consideração e respeito a vocês próprios e aos mais velhos. Podem começar em casa mesmo, aprendendo a respeitar pai e mãe, que já é um bom começo!

Renata Palazzo de Freitas Ferreira e bacharel em Direito, pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil, aluna do curso de doutorado em Direito Civil pela UBA, escritora – A Solidão do Lobo, consultora jurídica e dona do blog repalazzopiniao.blogspot.com.br

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