Câmara confirma falta de merenda em escolas

Situação é tão precária que na Escola Municipal Olegário Moreira Borges, no Setor Faiçalville 2, a diretora foi obrigada a dispensar, na quarta-feira, os alunos que fazem parte do programa Mais Educação e passam mais tempo na escola; “É inadmissível chegar a esse ponto. Uma falta de respeito. Para muitas crianças, seria a única refeição do dia”, afirma o vereador Elias Vaz (PSB); a mãe de três crianças que estudam na unidade ficou indignada: “Tenho três filhos e eles estão passando fome na escola. Chegam em casa morrendo de fome. Sou viúva e tenho que trabalhar. Como vou para o trabalho, onde deixo os meus filhos?”; vereador Djalma Araújo também denuncia falta de carne na merenda oferecida aos estudantes e sucos com vestígios de fungos; veja vídeo

Situação é tão precária que na Escola Municipal Olegário Moreira Borges, no Setor Faiçalville 2, a diretora foi obrigada a dispensar, na quarta-feira, os alunos que fazem parte do programa Mais Educação e passam mais tempo na escola; “É inadmissível chegar a esse ponto. Uma falta de respeito. Para muitas crianças, seria a única refeição do dia”, afirma o vereador Elias Vaz (PSB); a mãe de três crianças que estudam na unidade ficou indignada: “Tenho três filhos e eles estão passando fome na escola. Chegam em casa morrendo de fome. Sou viúva e tenho que trabalhar. Como vou para o trabalho, onde deixo os meus filhos?”; vereador Djalma Araújo também denuncia falta de carne na merenda oferecida aos estudantes e sucos com vestígios de fungos; veja vídeo
Situação é tão precária que na Escola Municipal Olegário Moreira Borges, no Setor Faiçalville 2, a diretora foi obrigada a dispensar, na quarta-feira, os alunos que fazem parte do programa Mais Educação e passam mais tempo na escola; “É inadmissível chegar a esse ponto. Uma falta de respeito. Para muitas crianças, seria a única refeição do dia”, afirma o vereador Elias Vaz (PSB); a mãe de três crianças que estudam na unidade ficou indignada: “Tenho três filhos e eles estão passando fome na escola. Chegam em casa morrendo de fome. Sou viúva e tenho que trabalhar. Como vou para o trabalho, onde deixo os meus filhos?”; vereador Djalma Araújo também denuncia falta de carne na merenda oferecida aos estudantes e sucos com vestígios de fungos; veja vídeo (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O balanço da visita de vereadores a escolas municipais é de que a situação é alarmante. Faltam itens básicos da merenda fornecida a crianças e adolescentes. A situação é tão precária que na Escola Municipal Olegário Moreira Borges, no Setor Faiçalville 2, a diretora foi obrigada a dispensar os alunos hoje que fazem parte do programa Mais Educação e passam mais tempo na escola. Ela contou aos vereadores que na segunda os estudantes só comeram arroz e feijão, ontem havia apenas pão seco e laranja e hoje os mantimentos não eram suficientes para todos. “É inadmissível chegar a esse ponto. Uma falta de respeito. Para muitas crianças, seria a única refeição do dia”, afirma o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal, vereador Elias Vaz (PSB).

A mãe de três crianças que estudam na unidade ficou indignada. “Tenho três filhos e eles estão passando fome na escola. Chegam em casa morrendo de fome. Sou viúva e tenho que trabalhar. Como vou para o trabalho, onde deixo os meus filhos? Eu e acho que todas as mães aqui queremos saber para onde está indo o dinheiro da merenda”, desabafou.

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Os vereadores Elias, Dra. Cristina Lopes (PSDB), Geovani Antônio (PSDB), Tatiana Lemos (PCdoB), Djalma Araújo (SDD), Pedro Azulão Júnior (PSB) e Zander (PSL) também foram a outra unidade, a Escola Municipal Abrão Rassi, na Vila Canaã. Na despensa, havia apenas pão, arroz, carne de soja e milho para canjica, mas não tinha leite. A diretora informou que o cardápio não tem sido cumprido e que alimentos estão faltando há algum tempo.

Elias Vaz ressalta que, enquanto os alunos ficam sem a merenda, há indícios de irregularidades no repasse dos alimentos pela Secretaria Municipal de Educação. O vereador detectou discrepância no volume de alimentos que a prefeitura informou ter distribuído às escolas e CMEIs e na quantidade que realmente chegou às unidades. A prefeitura informou ter gasto, segundo empenhos que constam no Portal da Transparência, quase R$721 mil para comprar pão de milho e R$737 mil para a aquisição de pão mandi. Mas relatórios da própria Secretaria de Educação mostram que nenhuma unidade foi repassada às escolas no primeiro semestre.

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O Portal da Transparência também mostra que o Município gastou, de novembro do ano passado a abril deste ano, R$1.506. 977, o suficiente para pagar 2.691.030 unidades de bolo de baunilha de 50 gramas e de biscoito de polvilho de 50 gramas. Mas, na prática, segundo relatórios da Secretaria Municipal de Educação, chegaram às escolas e CMEIs apenas 3,14% disso, somando um gasto bem distante do realizado: R$ 47.340.

O caso da carne também chama a atenção. Em novembro do ano passado, por exemplo, a prefeitura afirmou, por meio de documentos, ter repassado à rede 101.330 quilos de carne bovina, enquanto o que chegou de fato às unidades foi pouco mais da metade, 56.935 quilos. No caso de coxa e sobrecoxa de frango, o valor informado pela prefeitura é de 71.372 quilos e o que realmente foi fornecido às escolas não chegou a 12 mil quilos (11.395 quilos). “As perguntas que fazemos são: para onde foram esses alimentos? Por que não chegaram às escolas? Qual é o esquema praticado pela Secretaria Municipal de Educação, que gasta tanto, com tantos produtos enquanto os estudantes ficam sem comida?”, questiona Elias Vaz.

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Convocação

Na reunião de quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovada a convocação de cinco funcionários da prefeitura para prestar esclarecimentos sobre a situação da merenda. O ex-diretor do Departamento de Alimentação da Secretaria Municipal de Educação, Wesley Batista da Silva, e Noeme Dina Silva, que também atuou no Departamento, devem comparecer à Câmara na próxima quarta-feira (9). Ewaldo Aleixo da Mota, Maria de Fátima Barcelos Leite e Amarilis Ribeiro Caixeta serão ouvidos depois. Os servidores estão respondendo a processo administrativo por decisão da Comissão Especial criada pela prefeitura para apurar problemas na merenda. 

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