Henrique Meirelles: Goiás não quis. Serra quer

Goiano é o nome que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo quer na vice, o que vai depender do PSD ter ou não tempo de TV e rádio. Mas ele pode voltar ao Estado, em aliança com Júnior Friboi e Vanderlan Cardoso, para enfrentar Iris Rezende e Marconi Perillo em 2014

Henrique Meirelles: Goiás não quis. Serra quer
Henrique Meirelles: Goiás não quis. Serra quer (Foto: Edição/247)


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Vassil Oliveira_Goiás 247 – O que Goiás não quis, São Paulo pode abraçar com propriedade: Henrique Meirelles candidato em um chapa majoritária. Depois de tentar, insistir e não conseguir se estabelecer na vida política goiana, no ano passado ele transferiu seu título para a capital paulista. Resultado: é agora o nome preferido de José Serra (PSDB) para integrar a sua chapa de candidato a prefeito de São Paulo como vice.

Goiano de nascimento, Meirelles fez carreira internacional – foi presidente do Banco de Boston – e entrou para a história do País como um dos presidentes do Banco Central com maior longevidade. É um dos responsáveis diretos pela estabilidade da economia brasileira. Hoje, requisitado por empresas, coleciona cargos (leia aqui). Um deles, o de presidente da holding J&F, que tem como um dos donos o goiano pré-candidato a governador pelo PSB Júnior Friboi.

Em Goiás, Meirelles esbarrou nos dois principais caciques políticos locais. Em 2002, preparou-se para ser candidato a senador, por sugestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso e em jogo combinado com Marconi Perillo, à época governador e candidato à reeleição. Não deu. Acabou atropelado por Marconi, que não sustentou o acordo fechado.

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Eleito deputado federal, Meirelles renunciou ao mandato antes de assumir, para comandar o BC a convite de Lula. No final do mandato do ex-presidente, ele ingressou no PMDB e se preparou para ser candidato a governador. Dessa vez, o jogo combinado era com o ‘dono’ do PMDB, Iris Rezende. De novo, não deu. Meirelles foi atropelado por Iris, que disputou e perdeu o governo para Marconi.

Henrique Meirelles cumpriu o tempo no BC e permaneceu em silêncio sobre seu destino político. Até que veio a notícia, dada em primeira mão pelo 247 no ano passado, da transferência de seu título eleitoral de Anápolis para São Paulo. Fez isso a convite do prefeito Gilberto Kassab, que o citou como nome estratégico na estruturação do nascente PSD e potencial candidato da legenda à sua sucessão – ou, até, a um ministério no caso de aliança com a presidente Dilma. Agora, é nome cobiçado pelo PSDB. Não só isso: é ainda um interlocutor frequente do ex-presidente Lula.

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Meirelles nada fala, por ora, sobre uma possível participação sua na chapa de Serra. Continua trabalhando na consolidação do PSD. Sabe que a guerra por aliança não se dá por atos de vontade. O seu partido só terá força para indicar nome para qualquer chapa se assegurar tempo no horário eleitoral gratuito. O assunto está na pauta do STF. Ação Direta de Inconstitucionalidade do DEM, PMDB, PSDB, PR e PP quer que o tribunal se manifeste contra dar mais tempo de TV e dinheiro do Fundo Partidário à sigla.

O mais curioso: exatamente neste momento, Meirelles retornou à bolsa de especulações em Goiás. O ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Iris Rezende voltou a protagonizar uma reação ao seu velho jeito político de ser: o empresário Vanderlan Cardoso, candidato a governador em 2010, deixou o partido, depois de um ano de filiado, reclamando de Iris, que estaria de olho em nova candidatura em 2014. Vanderlan, como Meirelles antes, foi barrado pelo projeto pessoal irista.

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Com a possibilidade de Iris Rezende ser candidato a governador, e de Marconi Perillo buscar a reeleição, Meirelles é visto como a alternativa ideal para fugir à recorrente polarização na disputa entre situação e oposição em Goiás. Ele poderia juntar outros dois nomes, também sem tradição política, em uma chapa de candidatos a governador, vice e senador que apontaria para uma mudança de rumo na política goiana. Ou, se não em uma chapa, em uma aliança comum.

Um caminho para ele, caso não entre de vez na disputa em São Paulo. E uma oportunidade para Goiás, de quem sabe recuperar o filho que os caciques da política local tocaram para fora.

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