Financial Times integra coro "Volta, Lula"

Reportagem do jornal britânico na edição desta segunda-feira 22 destaca que as manifestações populares, a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff e a boa aprovação de Lula "alimentam especulações" para a candidatura do cacique petista em 2014; texto diz que a reação de Dilma aos protestos expõe a diferença de comportamento entre os dois líderes: "O carisma do ex-presidente (...) facilmente chega a todos os níveis da sociedade brasileira e internacional e fica em contraste com a senhora Rousseff"; o PT, no entanto, reforça que Dilma é a candidata à Presidência e o próprio Lula nega as especulações

Financial Times integra coro "Volta, Lula"
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247 – Além de alas do PT, o Financial Times integra agora o coro "Volta, Lula". Em reportagem na edição desta segunda-feira 22, o jornal britânico destaca o bom momento que "alimenta especulações" para a volta do cacique petista como candidato à presidência da República (leia a reportagem aqui, em inglês). O movimento é rejeitado pela direção do partido, que confirma como candidata ao Planalto em 2014 a presidente Dilma Rousseff, e pelo próprio ex-presidente, que nega as especulações.

O FT coloca que, com as manifestações que tomaram o País em junho, a queda na popularidade de Dilma e a boa posição de Lula de acordo com a última pesquisa Ibope, o cenário é favorável para o ex-presidente. O jornal relembra os números divulgados pelo jornal O Estado de S.Paulo, que mostraram que Lula tem 41% dos votos dos eleitores brasileiros, enquanto Dilma tem 30% (leia mais em Ibope coloca mais pressão no PT pelo "Volta, Lula").

"Tecnocrata taciturna criticada por políticas econômicas intervencionistas, Dilma parece mais em casa atendendo às minúcias de projetos de infraestrutura do que tomando a tribuna para fazer política. Isto combinado com a imensa popularidade do Sr. Lula da Silva está alimentando especulações de que o ex-metalúrgico, que presidiu o Brasil entre 2003 e 2010, poderia fazer um retorno nas eleições presidenciais do próximo ano".

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O texto assinado pelo correspondente em São Paulo Joe Leahy diz que a reação de Dilma aos protestos expõe a diferença de comportamento entre os dois líderes: "O carisma do ex-presidente, que não completou a escola primária e facilmente chega a todos os níveis da sociedade brasileira e internacional, das favelas à Casa Branca, fica em contraste com a senhora Rousseff". E lembra ainda que contra Dilma, "os líderes da oposição do Brasil também estão ganhando terreno, com a candidata verde Marina Silva com 22% dos votos, contra 12% em março, enquanto o presidente do partido de centro-direita PSDB, Aécio Neves, passou de 9% para 13%".

A análise do jornal é que "de início, o estilo seco e discreto de Rousseff foi bem recebido após os anos ruidosos de Lula", porém, com o País em protesto em favor de melhores serviços públicos, "os brasileiros estão se perguntando se Dilma Rousseff tem a habilidade política para levá-los para aquilo que são águas cada vez mais desconhecidas pela jovem democracia".

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O texto expõe o baixo crescimento da economia no Brasil, a opinião de um vendedor brasileiro, que observa que os preços das coisas estavam menores na época de Lula, e a insatisfação de milhões de brasileiros, que pedem mais investimentos em áreas como Saúde e Educação e aproveitam para condenar os gastos com a Copa do Mundo, que será sediada no País no próximo ano. "A questão é se o Sr. Lula da Silva deve retornar para orientar essa transformação", coloca o jornal.

A conclusão da reportagem é que, apesar da queda nas pesquisas, "Dilma ainda parece a candidata mais forte para vencer as eleições do próximo ano. Enquanto a proporção de pessoas que acreditava que ela estava fazendo um trabalho bom ou excelente caiu drasticamente após os protestos, a maioria das pessoas ainda acredita que ela está fazendo um trabalho OK".

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