Dimenstein: todos ganham com a vinda dos cubanos

Entidades médicas promovem "histeria corporativista", "embalada por questões partidárias e ideológicas", diz o colunista da Folha de S.Paulo; para Gilberto Dimenstein, chamar esses profissionais de escravos demonstra "uma preocupação próxima de zero com a saúde nas comunidades sem médicos"

Entidades médicas promovem "histeria corporativista", "embalada por questões partidárias e ideológicas", diz o colunista da Folha de S.Paulo; para Gilberto Dimenstein, chamar esses profissionais de escravos demonstra "uma preocupação próxima de zero com a saúde nas comunidades sem médicos"
Entidades médicas promovem "histeria corporativista", "embalada por questões partidárias e ideológicas", diz o colunista da Folha de S.Paulo; para Gilberto Dimenstein, chamar esses profissionais de escravos demonstra "uma preocupação próxima de zero com a saúde nas comunidades sem médicos" (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O País só ganha com a vinda de médicos que ocuparão vagas recusadas por brasileiros, diz o jornalista Gilberto Dimenstein, em sua coluna da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira 2. Além disso, os profissionais cubanos, lembra ele, também saem ganhando, uma vez que melhoram sua condição de vida com salários mais altos do que os que ganhariam na ilha dos Castro. "Saúde é coisa muita séria para ser tratada pelo estetoscópio da ideologia", diz ele, que chama de "histeria corporativa" as críticas das entidades médicas contra o programa Mais Médicos, do governo federal. Leia abaixo:

Mais médicos cubanos, por favor

Quem não se impressiona com a histeria corporativista promovida por entidades médicas, embalada por questões partidárias e ideológicas, vai, aos poucos, percebendo o seguinte: todos saem ganhando com a vinda dos médicos cubanos.

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Esclareço que não tenho nenhuma simpatia pelo regime cubano - e nem acredito que vamos resolver a questão da saúde como a chegada desses profissionais.

Também esclareço que desconfio de um governo que faz apressadamente projetos para atender pressões populares. E de um ministro (Padilha), que é candidato a governador.

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Não devemos cair nem na histeria da oposição nem no marketing oficial.

Dito isso, como mostrou a Folha, os cubanos vão ganhar aqui cerca de 40 vezes o que ganham lá, melhorando sua qualidade de vida.

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Poderia ser melhor? Eles podiam ficar com todo o dinheiro? Poderiam. Mas daí a falar em escravos, como fizeram muitos médicos, apenas se explica pela histeria. E uma preocupação próxima de zero a saúde nas comunidades sem médicos.

Note-se que esse acordo foi feito com a Organização Mundial de Saúde (via seu braço para a América Latina), seguindo padrões internacionais.

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Reportagem do jornal de "O Estado de S. Paulo" mostra que, no exame de certificação do diploma (Revalida), os médicos formados na Escola Latino-Americana de Cuba (Elam) se destacaram.

Não vi nenhuma informação consistente sobre um suposto despreparo dos médicos que vêm de fora, em particular os cubanos. A Folha, em outra reportagem, mostra que a formação deles é particularmente interessante para áreas degradadas, com foco em saúde da família.

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Portanto, o país sai ganhando com um profissional preparado para ocupar uma vaga recusada pelos brasileiros.

E saem ganhando os médicos estrangeiros que melhoram sua condição de vida.

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Saúde é coisa muita séria para ser tratada pelo estetoscópio da ideologia.

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