Folha insiste em teoria de Brasil "espião" e ironiza Abin
Após tentar inverter papeis do Brasil e dos EUA no escândalo das espionagens, jornal de Otavio Frias noticia "a trapalhada" da Agência Brasileira de Inteligência com agentes da CIA em 2009 como nova "crise de contornos internacionais"
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247 – Depois de tentar inverter os papéis no caso de espionagem do governo de Barack Obama com o governo brasileiro, a Folha procura constranger o serviço de inteligência do Brasil. Em reportagem na edição desta segunda-feira, diz que “uma trapalhada de agentes de inteligência do Brasil que vigiavam espiões americanos quase gerou uma crise de contornos internacionais”.
No episódio citado, ocorrido no Rio em 2009, agentes da CIA (agência de inteligência dos EUA) teriam descoberto, em blitz da Polícia Federal, que eram seguidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo o repórter Lucas Ferraz, o caso foi abafado pelo governo brasileiro, pois além do temor de crise diplomática, evitava-se acirrar as tensões entre PF e Abin.
Na semana passada, a Folha noticiou como manchete que o Brasil também espionou diplomatas estrangeiros, em comparação as violações sofridas pelo gabinete de Dilma Rousseff pelo sistema Big Brother de Obama.
Segundo nota do Palácio do Planalto, eram ações de contra-inteligência, que visavam resguardar o interesse nacional. Mesmo assim, a história serviu para armar um circo no Congresso Nacional. E não é mais o Brasil, invadido pela espionagem americana, quem está na posição de cobrar explicações dos Estados Unidos. Agora, é o Brasil quem deve se explicar ao resto do mundo. É o que dizem senadores da oposição e até da base governista (leia aqui).
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