Kotscho sobre eleições: "começou a baixaria"

Jornalista critica "ofensa" por parte do deputado Paulinho da Força, que pediu ontem a presidente Dilma Rousseff na Papuda; discurso e pronunciamento de Dilma "mostraram o clima em que a campanha eleitoral começou para valer no feriadão de 1º de Maio", escreve; para Ricardo Kotscho, fala da presidente na TV mostrou que ela saiu da retranca e mandou um "aviso claro: está disposta a brigar até o fim pelo segundo mandato"

Jornalista critica "ofensa" por parte do deputado Paulinho da Força, que pediu ontem a presidente Dilma Rousseff na Papuda; discurso e pronunciamento de Dilma "mostraram o clima em que a campanha eleitoral começou para valer no feriadão de 1º de Maio", escreve; para Ricardo Kotscho, fala da presidente na TV mostrou que ela saiu da retranca e mandou um "aviso claro: está disposta a brigar até o fim pelo segundo mandato"
Jornalista critica "ofensa" por parte do deputado Paulinho da Força, que pediu ontem a presidente Dilma Rousseff na Papuda; discurso e pronunciamento de Dilma "mostraram o clima em que a campanha eleitoral começou para valer no feriadão de 1º de Maio", escreve; para Ricardo Kotscho, fala da presidente na TV mostrou que ela saiu da retranca e mandou um "aviso claro: está disposta a brigar até o fim pelo segundo mandato" (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O feriadão de 1º de Maio deu o tom da campanha eleitoral: "começou a baixaria". A constatação é do jornalista Ricardo Kotscho, que em análise em seu blog no portal R7, criticou o discurso do deputado Paulinho ontem em evento da Força Sindical. "Ao lado de Aécio, Paulinho ofende Dilma" é o título de seu post. Sobre o pronunciamento, o colunista diz que "Dilma saiu da retranca e mandou um aviso claro: está disposta a brigar até o fim pelo segundo mandato". Leia abaixo:

Começou a baixaria: ao lado de Aécio, Paulinho ofende Dilma

O que já se podia imaginar aconteceu, na tarde desta quinta-feira, durante as comemorações de 1º de Maio promovidas pela Força Sindical, em São Paulo: ao lado do presidenciável tucano Aécio Neves, Paulo Pereira da Silva, deputado federal e presidente do partido SDD, mais conhecido por Paulinho da Força, mandou ver: "Temos uma corrupção desenfreada. O governo que deveria dar exemplo está atolado na corrupção. É o governo que, se investigar a fundo o caso da Petrobras, quem vai parar na Papuda é ela". Em seguida, pediu ao público que mandasse uma banana para a presidente.

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Na véspera, em seu pronunciamento numa cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff havia anunciado três medidas para beneficiar os trabalhadores: aumento de 10% no Bolsa Família, correção de 4,5% na tabela de Imposto de Renda na Fonte e a manutenção da valorização real do salário mínimo.

Sem se referir à ofensa de Paulinho, Aécio criticou as medidas anunciadas pela presidente e o uso da rede de rádio e televisão "para fazer proselitismo político para atacar o adversário". Para o tucano, "a presidente da República agrediu o Estado de Direito. Dilma acha que a crise da Petrobras é culpa da oposição, mas é daqueles que fizeram dela balcão de empregos".

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Bastante vaiado, o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, também presente no palanque, não quis comentar as declarações de Paulinho da Força: "Não temos medo de vaia. O trabalhador brasileiro sabe que os 12 anos do PT foram os melhores para os trabalhadores. Eu não vou comentar o Paulinho da Força. Eu prefiro me relacionar com os trabalhadores, prefiro me relacionar com eles.

Tanto o pronunciamento da presidente Dilma, que se dirigiu diretamente aos trabalhadores e atacou a turma do "quanto pior, melhor", como os ataques que sofreu hoje no palanque da oposição, em que também estava Eduardo Campos, presidenciável do PSB, mostram o clima em que a campanha eleitoral começou para valer no feriadão de 1º de Maio.

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"O que nós vimos foi mais uma fala eleitoral do que fala de presidente da República. O fato da presidente anunciar o aumento do Bolsa Família é uma maneira de reparar as perdas da inflação que ela mesma deixou acelerar", disse Campos, que pediu para o debate "se dar no campo das ideias".

Dilma, por sua vez, sem citar nomes, rebateu as propostas feitas até aqui pelos dois candidatos de oposição. "Nosso governo nunca será o governo do arrocho salarial, nem o governo da mão dura contra o trabalhador. Para eles, a valorização do salário mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores".

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Às vésperas da abertura do Encontro Nacional do PT, ao lado de Lula, nesta sexta-feira, em São Paulo, Dilma fez seu mais contundente discurso de caráter político desde a posse, mostrando sua estratégia daqui para a frente: a melhor defesa é o ataque. Ao dizer que sabe qual é o seu lado, ao final da fala a presidente afirmou que "quem está ao lado do povo pode até perder algumas batalhas, mas sabe que, no final, colherá a vitória".

Se vai dar certo ou não, eu não sei, mas Dilma saiu da retranca e mandou um aviso claro: está disposta a brigar até o fim pelo segundo mandato.

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