Em crise, Abril amplia perda na área educacional

O grupo Abril, comandando por Giancarlo Civita, não consegue sair da crise financeira em que mergulhou; a Abril Educação, braço voltado à educação básica e pré-universitária, ampliou seu prejuízo líquido para R$ 37 milhões no segundo trimestre; isso porque um ano atrás já havia ficado no vermelho em R$ 8,2 milhões; dados foram divulgados pela própria empresa; receita líquida da Abril Educação entre abril e junho totalizou R$ 209,4 milhões; ironicamente, parte significativa dessa receita veio do avanço de 127 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff, com quem Gianca esteve em maio

O grupo Abril, comandando por Giancarlo Civita, não consegue sair da crise financeira em que mergulhou; a Abril Educação, braço voltado à educação básica e pré-universitária, ampliou seu prejuízo líquido para R$ 37 milhões no segundo trimestre; isso porque um ano atrás já havia ficado no vermelho em R$ 8,2 milhões; dados foram divulgados pela própria empresa; receita líquida da Abril Educação entre abril e junho totalizou R$ 209,4 milhões; ironicamente, parte significativa dessa receita veio do avanço de 127 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff, com quem Gianca esteve em maio
O grupo Abril, comandando por Giancarlo Civita, não consegue sair da crise financeira em que mergulhou; a Abril Educação, braço voltado à educação básica e pré-universitária, ampliou seu prejuízo líquido para R$ 37 milhões no segundo trimestre; isso porque um ano atrás já havia ficado no vermelho em R$ 8,2 milhões; dados foram divulgados pela própria empresa; receita líquida da Abril Educação entre abril e junho totalizou R$ 209,4 milhões; ironicamente, parte significativa dessa receita veio do avanço de 127 mil alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff, com quem Gianca esteve em maio (Foto: Aquiles Lins)


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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Abril Educação, companhia voltada à educação básica e pré-universitária, ampliou seu prejuízo líquido para 37 milhões de reais no segundo trimestre, ante resultado negativo de 8,2 milhões de reais um ano antes.

Os números foram pressionados pela provisão de reestruturação, de 28 milhões de reais no período, e o avanço das despesas financeiras, para 36,5 milhões de reais, de acordo com o presidente-executivo da companhia, Mario Ghio Junior.

Desconsiderando estes efeitos, o resultado estaria em linha com o do segundo trimestre de 2013, sendo que o período é tradicionalmente mais fraco em relação aos demais, acrescentou o executivo.

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A receita líquida entre abril e junho totalizou 209,4 milhões de reais, um crescimento de 27 por cento sobre o mesmo período do ano passado.

Segundo a companhia, a captação de alunos de escolas e sistemas de ensino na primeira metade do ano garante receita para o ano todo. O segmento representou 34 por cento da receita no semestre e encerrou junho com 793,3 mil alunos, 41 por cento a mais na comparação anual.

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Parte deste aumento foi impulsionado pelo crescimento orgânico de 14 por cento na base de alunos dos sistemas tradicionais (Anglo, pH, SER, GEO, Maxi e Farias Brito).

Além disso, o avanço de 127 mil alunos no Sistema Técnico em virtude do reconhecimento das matrículas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico(Pronatec) também ajudou nos resultados.

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Já entre as escolas e cursos preparatórios (Anglo, pH, Motivo e Sigma) fechou o trimestre com 23,1 mil matriculados em 19 unidades, um avanço de 50 por cento em relação a 2013.

No negócio de idiomas, a receita líquida foi 30 por cento superior na comparação anual, a 36,4 milhões de reais, em virtude do reconhecimento parcial da receita do Grupo Ometz (Wise Up e You Move).

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Em bases comparáveis, a receita do negócio de idiomas recuou 5 por cento no trimestre, reflexo da redução na quantidade de materiais didáticos vendidos, principalmente devido à diminuição de dias úteis durante a Copa do Mundo.

De acordo com a Abril Educação, com o plano estratégico de expansão, foram assinados contratos para a abertura de 74 novas franquias, sendo 19 já em operação.

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Ao mesmo tempo, segundo Ghio Junior, a empresa vai encerrar cerca de 30 franquias consideradas pouco rentáveis até o final do ano, com a intenção de migrar os alunos para escolas próximas.

Em agosto, a Abril Educação inicia o projeto 'In School', que explora operações de "cross-selling" entre Sistemas de Ensino e Escolas de Idiomas, e deve potencializar a geração de receita para os próximos anos, conforme afirmou Ghio Junior à Reuters em julho.

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No segmento de editoras, houve queda de 300 mil livros vendidos, encerrando o trimestre em 100 mil unidades, o que ocorre pelo aumento da penetração de sistemas de ensino.

Ghio Junior afirmou que espera melhora do segmento com o Programa Nacional do Livro Didátivo (PNLD) a partir do terceiro trimestre.

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"Estamos exatamente no período de divulgação para os professores das nossas obras. 77 por cento dos nossos livros foram aprovados para o governo, estamos concorrendo entre as 10 maiores disciplinas", disse.

Durante o segundo trimestre foi concluída a transação entre Abrilpar e Tarpon Investimentos, que passa a integrar o bloco de controle da empresa, enquanto a companhia se prepara para migrar para o Novo Mercado.

O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e mortização) ajustado foi de 500 mil reais reais no período, ante 24,8 milhões de reais um ano antes.

PERSPECTIVAS

A desaceleração do cenário econômico não afeta a companhia tão fortemente quanto outros setores.

"A educação basica costuma ser menos impactada. Não estamos imunes ao cenário econômico mas estamos bem menos expostos do que outras atividades", afirmou o presidente da Abril Educação.

O executivo reiterou que não há nenhuma grande fusão ou aquisição a caminho, sendo que o foco são pequenas empresas de tecnologia educacional ou pequenos sistemas de ensino.

(Por Juliana Schincariol; Edição de Luciana Bruno)

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