Kotscho: "delação premiada dá sobrevida a Aécio"

Fato novo provoca "outra reviravolta no cenário" eleitoral, avalia o colunista em seu blog; para Ricardo Kotscho, com a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, "candidatura tucana sai da UTI e vai à luta novamente"

Fato novo provoca "outra reviravolta no cenário" eleitoral, avalia o colunista em seu blog; para Ricardo Kotscho, com a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, "candidatura tucana sai da UTI e vai à luta novamente"
Fato novo provoca "outra reviravolta no cenário" eleitoral, avalia o colunista em seu blog; para Ricardo Kotscho, com a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, "candidatura tucana sai da UTI e vai à luta novamente" (Foto: Gisele Federicce)


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247 - A candidatura do tucano Aécio Neves "sai da UTI" após as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que atingem a presidente Dilma Rousseff (PT) e candidata do PSB, Marina Silva. A observação é do jornalista Ricardo Kotscho, que notou que o presidenciável, isolado na terceira posição nas pesquisas depois da entrada de Marina na disputa, estava "outra pessoa" no sábado, partindo para o ataque sem pensar duas vezes. Leia abaixo o post publicado em seu blog

Delação premiada dá sobrevida e Aécio vai à luta

Conseguiram. A quatro semanas da eleição, quando tudo parecia caminhar para uma disputa acirrada entre Dilma e Marina no segundo turno, com Aécio fora do jogo, sendo abandonado até pelos aliados, um fato novo provocou outra reviravolta no cenário. Com isso, a candidatura tucana sai da UTI e vai à luta novamente.

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Desde sexta-feira, quando saíram as primeiras revelações nos portais, não se fala de outra coisa no país: quais serão as consequências na campanha presidencial da delação premiada feita por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que está preso em Curitiba, no Paraná?

Os três candidatos reagiram de formas bem diferentes à nova configuração do quadro, que desde já coloca as denúncias de corrupção na Petrobras no centro do debate nesta reta final de campanha.

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Embora até aqui não tenham sido apresentadas provas de nada contra o ministro Edison Lobão, os ex-governadores Sergio Cabral e Eduardo Campos, a atual governadora Roseana Sarney, e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, além de uma penca de parlamentares da base aliada do governo Dilma, só a volta do tema da Petrobras às manchetes já causam mudanças nas campanhas dos presidenciáveis.

Num primeiro momento, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, sabendo que vai ser o principal alvo dos ataques, fechou seu time na defesa e só disse que está esperando "dados oficiais" para tomar "todas as providências cabíveis, mas não posso fazer isso com base apenas em especulações". Surpreendida mais uma vez, a presidente pediu informações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e convocou uma reunião de emergência ainda na noite de sexta-feira.

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Marina Silva preferiu ficar no meio de campo trocando passes: com o nome de Eduardo Campos também na lista dos beneficiários, a candidata do PSB espera o melhor momento de atacar sua principal adversária, sem saber ainda quais novas revelações serão feitas nos próximos dias. "Não queremos ver o Eduardo morrer duas vezes", limitou-se a dizer. Aliados de Marina alegam que o envolvimento de Eduardo no caso não tem fundamento.

Já Aécio Neves, que não tinha mais nada a perder, quase 20 pontos atrás de suas duas adversárias, parecia outra pessoa no sábado. Revigorado pela delação premiada, aguardada ansiosamente, junto com os colunistas amigos, que há dias soltavam notinhas ameaçadoras, o ex-governador mineiro foi logo ao ataque sem pensar duas vezes. "O Brasil acordou perplexo com as mais graves denúncias de corrupção da nossa história recente. Está aí o mensalão 2", foi logo comemorando. Sem bandeiras e sem rumo, sem mais ter o que falar ou propor, Aécio agora ganhou de bandeja pelo menos um discurso.

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O curioso é que, até agora, como costuma acontecer nestes casos, só foram publicados nomes de possíveis corrompidos denunciados pelo ex-diretor, mas nenhum de empresas, as prováveis corruptoras e seus dirigentes, já que não há quem se venda se não houver alguém que compre. Como o processo corre em segredo de Justiça e as gravações de áudio e vídeo dos interrogatórios feitos com Paulo Roberto Costa estão guardadas num cofre forte, para saber o que realmente existe e quem tem culpa no cartório, vamos ter que esperar pela análise do ministro Teori Zavascki, do STF, que poderá ou não aceitar a delação premiada.

Aconteça o que acontecer, é disso que vamos ficar falando até o dia 5 de outubro, deixando em segundo plano os projetos de governo e as discussões sobre o futuro do país. Pobre país.

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Vida que segue.

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