Noblat: destino da eleição está nas mãos do PSDB

Segundo o colunista Ricardo Noblat, só há uma explicação para a presidente Dilma Rousseff aparecer empatada com Marina Silva em eventual segundo turno das eleições: o voto anti PT; no entanto, ironiza dizendo que a capacidade do partido de Aécio Neves de fazer bobagem não deve ser subestimada: “PSDB pode achar que um segundo governo Dilma, bem pior do que o primeiro, talvez seja melhor do que governar com Marina”

Segundo o colunista Ricardo Noblat, só há uma explicação para a presidente Dilma Rousseff aparecer empatada com Marina Silva em eventual segundo turno das eleições: o voto anti PT; no entanto, ironiza dizendo que a capacidade do partido de Aécio Neves de fazer bobagem não deve ser subestimada: “PSDB pode achar que um segundo governo Dilma, bem pior do que o primeiro, talvez seja melhor do que governar com Marina”
Segundo o colunista Ricardo Noblat, só há uma explicação para a presidente Dilma Rousseff aparecer empatada com Marina Silva em eventual segundo turno das eleições: o voto anti PT; no entanto, ironiza dizendo que a capacidade do partido de Aécio Neves de fazer bobagem não deve ser subestimada: “PSDB pode achar que um segundo governo Dilma, bem pior do que o primeiro, talvez seja melhor do que governar com Marina” (Foto: Roberta Namour)


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247 – O colunista Ricardo Noblat afirma que o destino das eleições está nas mãos do PSDB, já que, segundo ele, é o voto anti PT que projeta Marina Silva em posição de igualdade com a presidente Dilma Rousseff em eventual segundo turno. Leia: 

Não subestime o PSDB

O destino desta eleição presidencial - a sétima desde a redemocratização do país com o fim da ditadura de 64 - está nas mãos dos fim da ditadura de 64 - está nas mãos dos eleitores do PSDB. Dos que pretendem votar em Aécio porque o consideram o melhor candidato. Ou dos que votarão nele simplesmente porque querem pôr um fim a 12 anos de governos do PT.

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É isso o que fica claro com a mais recente pesquisa de intenções de voto do Datafolha.

Em uma semana, a vantagem de Dilma sobre Marina quase dobrou. Passou de sete pontos percentuais para 13. Dilma está com 40% e Marina com 27%.

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Mas quando o Datafolha simulou um eventual segundo turno entre as duas, elas apareceram empatadas dentro da margem de erro da pesquisa. Só há uma explicação para isso: foi o voto anti PT que empurrou Marina para cima de Dilma.

É por isso que nesta última semana de campanha, Dilma, Lula e o PT continuarão com gosto de sangue na boca contra Marina. Se ela pensa que apanhou o suficiente está enganada.

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Daqui até a próxima quinta-feira, último dia de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, apanhará ainda mais feio. E se passar para o segundo turno nem queira saber. A pancadaria derrubou Marina. A pancadaria poderá derrotá-la.

Tudo o que Marina diz está sendo usado contra ela. E o que não diz, também.

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Para quem pretende governar, Marina seria refratária a acordos que não sejam à esquerda. Um dia desses, no entanto, ela pediu votos para Paulo Bornhausen, filho de um político conservador de Santa Catarina, candidato ao Senado pelo PSB.

Pois bem: Marina foi acusada de defender a “Nova Política”, mas de praticar a velha. É infernal!

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Neca Setúbal, acionista do Banco Itaú, é apontada pela propaganda de Dilma como a banqueira de Marina. Ora, Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural e banqueira do mensalão do PT, está presa. Menos mal para Marina.

Bancos e empreiteiras financiam o Instituto Lula. Não há, hoje, político lobista mais bem-sucedido do que Lula. Que enriqueceu em pouco tempo. A campanha de Dilma é campeã na arrecadação de dinheiro entre os banqueiros.

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Ao se eleger presidente pela primeira vez, Lula decretou que a esperança vencera o medo. A esperança era ele. O medo, tudo o que os adversários usaram para evitar sua vitória.

Dilma tem dito que a verdade vencerá a mentira. Como se ela fosse o alvo preferencial de mentiras. Dilma abusa da mentira para aumentar a rejeição de Marina e – se possível – excluí-la do segundo turno. Morre de medo dela.
É natural que Aécio aspire a disputar o segundo turno contra Dilma. Se não for possível decidir a parada no primeiro, tudo o que Dilma deseja é enfrentar Aécio no segundo.

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Nos mais importantes redutos eleitorais de Dilma, o Norte e o Nordeste, Aécio é fraco. Marina, não. O eleitor de Aécio votaria em Marina – ou está votando nas simulações de segundo turno. O de Marina se dividiria entre Aécio e Dilma.

Uma coisa será o PSDB anunciar seu apoio formal a Marina caso Aécio não vá para o segundo turno. É o jeito. Outra, suar a camisa para eleger Marina.

No final de 2005, quando Lula enchia a cara com receio de não chegar ao fim do mandato por causa do escândalo do mensalão, o PSDB desistiu de pedir o impeachment dele. Achou que Lula não se reelegeria. Lula se reelegeu. E elegeu Dilma em seguida.

Desta vez, o PSDB pode achar que um segundo governo Dilma, bem pior do que o primeiro, talvez seja melhor do que governar com Marina.

A capacidade do PSDB de fazer bobagem não deve ser subestimada.

 

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