Rovai: Aécio já pode estar à frente no 2° turno

Colunista Renato Rovai avalia que se Aécio Neves (PSDB), que superou a presidente Dilma Rousseff em São Paulo em 4 milhões de votos, ampliar essa margem para 6 milhões, isso praticamente selará sua vitória; quanto a candidata petista, diz que ela depende do apoio do PSB nordestino e fundamentalmente da família de Eduardo Campos (PSB); “Se eles apoiarem Aécio, sua situação ficará muito difícil”

Colunista Renato Rovai avalia que se Aécio Neves (PSDB), que superou a presidente Dilma Rousseff em São Paulo em 4 milhões de votos, ampliar essa margem para 6 milhões, isso praticamente selará sua vitória; quanto a candidata petista, diz que ela depende do apoio do PSB nordestino e fundamentalmente da família de Eduardo Campos (PSB); “Se eles apoiarem Aécio, sua situação ficará muito difícil”
Colunista Renato Rovai avalia que se Aécio Neves (PSDB), que superou a presidente Dilma Rousseff em São Paulo em 4 milhões de votos, ampliar essa margem para 6 milhões, isso praticamente selará sua vitória; quanto a candidata petista, diz que ela depende do apoio do PSB nordestino e fundamentalmente da família de Eduardo Campos (PSB); “Se eles apoiarem Aécio, sua situação ficará muito difícil” (Foto: Roberta Namour)


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247 – O colunista Renato Rovai avalia que a situação de Aécio Neves (PSDB) para mais confortável que a da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo segundo turno, por seu desempenho em São Paulo. Leia:

Aécio pode aparecer na frente nas primeiras pequisas de 2º turno

O resultado deste domingo para a presidência da República foi bastante surpreendente. A diferença entre Dilma e Aécio foi de aproximadamente 8%. Ela com 41,6% a 33,6%. Aécio teve uma votação muito superior a expectativa das últimas pesquisas. Dilma teve aproximadamente 3% a menos do que se esperava. Marina não desmoronou, mas ficou aquém dos prognósticos. Ela que chegou a ter no começo de setembro 34% dos votos totais, ficou com 21,3% dos votos válidos. Praticamente a mesma votação de 2010.

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Esse resultado é muito melhor para Aécio do que para Dilma. E nas primeiras pesquisas de segundo turno não será surpresa se o tucano aparecer na frente da petista. Isso é ruim, mas não é uma tragédia. Há muita disputa para os próximos 21 dias.

O PT ganhou dois estados muito importantes no primeiro turno, Minas Gerais e Bahia, além do Piaui. O PSDB ganhou São Paulo e Paraná. No Rio Grande do Sul, o PT está na disputa, como também no Ceará e Mato Grosso do Sul. No Maranhão, ganhou o PCdoB, aliado do partido.

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No Rio de Janeiro, Pezão e Crivella, em tese dos candidatos da base govenista, foram para a disputa. Isso pode ser bom ou ser ruim. Em Pernambuco, o candidato do PSB, Paulo Câmara, ganhou com folga. E lá Aécio teve 6% dos votos e Marina 48%. É preciso saber o que ficou da disputa contra o PT local e se a família Campos vai de Dilma ou se vai jogar toda a sua força política para Aécio.

Há algumas chaves para esta eleição. E que provavelmente decidirão o resultado final.

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A primeira, Dilma não pode perder tão feio em São Paulo. Aécio a superou no estado em 4 milhões de votos. Se ampliar essa margem para 6 milhões, isso praticamente selará sua vitória. Dilma fez quase 500 mil votos a mais do que Aécio em Minas e não pode deixar que ele vire por lá. No Rio, a petista teve pouco mais de 700 mil votos do que Aécio em Rio. Tem de buscar ampliar essa votação para uns 2 milhões de diferença. O que eu quero dizer com isso é que Dilma não pode perder no Sudeste por mais de 2 milhões de votos. Ou seja, se perder, tem de ser de pouco.

O segundo desafio de Dilma é ganhar no Rio Grande do Sul e com isso equilibrar a diferença da derrota que tudo indica terá no Paraná e Santa Catarina. Não será fácil. Porque lá Tarso Genro disputa contra o PMDB. E isso pode gerar conflitos na base.

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Dilma também dificilmente não vai perder no Centro Oeste, mas não pode perder de muito. Ou seja, pode até ter derrotas no Sul, Sudeste e Centro Oeste, o que parece ser uma tendência. Mas seria bom que na soma total, a diferença não passasse de uns 5 milhões de votos. No máximo 6 milhões.

Por fim, Dilma tem que fazer de 8 a 10 milhões de diferença no Nordeste. E ganhar no Norte. E pra isso tem que fechar o apoio do PSB nordestino e fundamentalmente da família Campos. Se eles apoiarem Aécio, sua sitação ficará muito difícil.

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Marina pode até apoiar o PSDB, o que será seu suícidio político e derrotará qualquer perspectiva de construção da Rede como um partido alternativo. Mas se Dilma conseguir uma costura com ampla maioria do PSB, ficará com uma parte significativa dos votos de Marina, principalmente os do Nordeste.

Por fim, a disputa desse segundo turno será ideológica. E por isso não dá pra ficar buscando votos apenas fazendo contas de estrutura. Hoje no 48H Democracia o professor Wagner Iglesias lembrava de quando Mario Covas, mesmo tendo perdido com larga diferença de Maluf no primeiro turno, foi para cima. E não deixou o adversário respirar na etapa final.

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Lula fez o mesmo com Alckmin em 2006. E o governador paulista acabou tendo menos votos no segundo turno do que no primeiro. Mas a partir de agora não se admite mais erros. E o PT errou ao exagerar na dose da artilharia contra Marina no primeiro turno. Achava-se que com isso poderia se ganhar no primeiro turno. Foi um equívoco. Ao contrário, isso liberou Aécio para se consolidar como uma alternativa de mudança.

O copo está meio cheio e meio vazio para a disputa final. Qualquer um pode ganhar. Mas Dilma ainda continua ligeiramente favorita, mesmo podendo aparecer atrás nas primeiras pesquisas.

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Mas para vencer Dilma terá de ter muita habilidade política para lidar com sua base, em especial o PMDB. O partido disputa em vários lugares no segundo turno. No Rio Grande do Sul e no Ceará, contra o PT. E no Rio de Janeiro, contra um ex-ministro seu, o senador Marcelo Crivella. Se por acaso vier a perder o apoio do partido nesses estados, terá problemas.

Aécio é um sedutor, ele fará de tudo para tirar apoios da base de Dilma. E tem muita gente na sua base, louquinha para mudar de namorado.

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