'Com Levy na Fazenda, Dilma repete estratégia de Lula em 2002'

Jornalista Kennedy Alencar diz que indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda é "vitória política" do ex-presidente Lula; "A escolha surpreende a oposição, o mercado e a imprensa - exatamente o que fez Lula depois de ser eleito em 2002", diz; segundo o colunista, presidente estaria "contrariada com vazamentos" e por isso adiou o anúncio da nova equipe econômica

Jornalista Kennedy Alencar diz que indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda é "vitória política" do ex-presidente Lula; "A escolha surpreende a oposição, o mercado e a imprensa - exatamente o que fez Lula depois de ser eleito em 2002", diz; segundo o colunista, presidente estaria "contrariada com vazamentos" e por isso adiou o anúncio da nova equipe econômica
Jornalista Kennedy Alencar diz que indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda é "vitória política" do ex-presidente Lula; "A escolha surpreende a oposição, o mercado e a imprensa - exatamente o que fez Lula depois de ser eleito em 2002", diz; segundo o colunista, presidente estaria "contrariada com vazamentos" e por isso adiou o anúncio da nova equipe econômica (Foto: Gisele Federicce)


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247 - Com a escolha de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, a presidente Dilma Rousseff "surpreende a oposição, o mercado e a imprensa - exatamente o que fez Lula depois de ser eleito em 2002", afirma o colunista político Kennedy Alencar. A indicação, diz ele, "é uma vitória política do ex-presidente". Kennedy diz ainda que Dilma está "contrariada com vazamentos" e por isso adiou o anúncio da equipe econômica, previso para esta sexta-feira 21. 

Na avaliação do jornalista, "as escolhas de Dilma sinalizam disposição de uma mudança importante da presidente: maior autonomia para a equipe econômica, com uma inflexão clara na política fiscal". Ele ressalta que Levy e Barbosa são contrários à maquiagem fiscal e ao expansionismo de gastos da dupla Guido Mantega-Arno Augustin, que aplicou na economia a receita de Dilma.

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Com Levy na Fazenda, Dilma repete estratégia de Lula em 2002

KENNEDY ALENCAR
Brasília

A indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda é uma vitória política do ex-presidente Lula. A escolha surpreende a oposição, o mercado e a imprensa _exatamente o que fez Lula depois de ser eleito em 2002.

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Apesar de já ter convidado Levy para a Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento, a presidente Dilma Rousseff decidiu não divulgar nomes hoje. Está contrariada com vazamentos. Existe a possibilidade de o anúncio da nova equipe econômica demorar ainda mais uma semana, a fim de aguardar a votação no Congresso do projeto que abandona a meta fiscal de 2014. Há quem diga, no Planalto, que os nomes só serão anunciados na próxima quinta-feira.

As escolhas de Levy e Barbosa são uma estratégia política inesperada pelo mercado financeiro, empresários, oposição e imprensa. A equipe econômica do segundo mandato Dilma será mais ortodoxa do que se imaginava.

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O ex-presidente Lula aconselhou Dilma a indicar para a Fazenda alguém que já chegasse ganhando a batalha das expectativas. Por isso, insistiu primeiro em Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, que foi rejeitado por Dilma. Depois, trabalhou pelo presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que não quis assumir a Fazenda.

Joaquim Levy é uma espécie de Henrique Meirelles de Dilma. Quando Lula indicou Meirelles para o Banco Central, em 2002, ele havia acabado de ser eleito deputado federal pelo PSDB. Levy tem a vantagem ainda de ter trabalhado com Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda de maior sucesso no período do PT na Presidência da República.

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As escolhas de Dilma sinalizam disposição de uma mudança importante da presidente: maior autonomia para a equipe econômica, com uma inflexão clara na política fiscal. Levy e Barbosa são contrários à maquiagem fiscal e ao expansionismo de gastos da dupla Guido Mantega-Arno Augustin, que aplicou na economia a receita de Dilma. Mantega deixará a Fazenda. Augustin, o Tesouro.

Dilma fez boas escolhas para a Fazenda e o Planejamento. O senador Armando Monteiro Filho (PTB-PE) assumirá o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. E a senadora Katia Abreu (PMDB-TO) comandará a pasta da Agricultura.

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