Kotscho prevê caos com a falta d’água

Diante da ameaça de SP ficar ‘a seco’ cinco dias por semana, colunista Ricardo Kotscho se pergunta como vão funcionar as ‘indústrias e os shoppings, as escolas e os hospitais, os restaurantes e os botecos, a agricultura e os banheiros públicos, os clubes e as floriculturas’; “Já imagino o escândalo que vai ser quando não tiver mais nem água Perrier para comprar”

Diante da ameaça de SP ficar ‘a seco’ cinco dias por semana, colunista Ricardo Kotscho se pergunta como vão funcionar as ‘indústrias e os shoppings, as escolas e os hospitais, os restaurantes e os botecos, a agricultura e os banheiros públicos, os clubes e as floriculturas’; “Já imagino o escândalo que vai ser quando não tiver mais nem água Perrier para comprar”
Diante da ameaça de SP ficar ‘a seco’ cinco dias por semana, colunista Ricardo Kotscho se pergunta como vão funcionar as ‘indústrias e os shoppings, as escolas e os hospitais, os restaurantes e os botecos, a agricultura e os banheiros públicos, os clubes e as floriculturas’; “Já imagino o escândalo que vai ser quando não tiver mais nem água Perrier para comprar” (Foto: Roberta Namour)


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247 – O colunista Ricardo Kotscho já prevê caos no comércio e na sociedade com a ameaça de ‘seca’ nas torneiras de São Paulo por até cinco dias na semana. Leia:

Experimente ficar cinco dias sem tomar banho

Nesta terça-feira quente, em que a presidente Dilma Rousseff promoveu sua primeira reunião ministerial do segundo governo (ver no final do texto), o principal personagem do dia não foi ela, mas o diretor metropolitano da Sabesp, engenheiro Paulo Massato, que anunciou um iminente "rodízio pesado e drástico" de cinco dias por semana sem água em São Paulo, e roubou todas as manchetes.

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Massato não deu detalhes nem prazos, mas deixou claro que esta seria a única solução para evitar o colapso total do Sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de paulistanos, e está operando com apenas 5,1% da sua capacidade. O reservatório pode secar de vez já em março, se não chover muito até lá, o que não vem acontecendo, e não forem concluídas as obras emergenciais anunciadas pelo governo estadual, que só devem ficar prontas entre 2016 e 2018.

As previsões assustadoras do diretor da Sabesp foram feitas no mesmo evento festivo em que o governador Geraldo Alckmin inaugurou uma obra de aumento da captação do Alto Tietê, em Suzano, na Grande São Paulo. Alckmin simplesmente não tocou no assunto e não quis comentar as declarações de Massato. Desde o agravamento da crise no abastecimento de água no início do ano passado, Alckmin evita falar em racionamento e rodízio, como se vivesse em outro mundo.

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Racionamento, na verdade, já existe faz tempo, embora o governador não admita: com a redução pela metade da pressão nas tubulações, quase todos os bairros de São Paulo já ficam sem água nas torneiras durante 15 horas e 13 minutos por dia, segundo uma página do site com informações sobre cortes no abastecimento inaugurado esta semana pela Sabesp.

"Se as chuvas insistirem em não cair no Sistema Cantareira, seria a solução de um rodízio muito pesado, muito drástico", prevê Paulo Massato, um técnico que não é candidato a nada e fala as coisas como as coisas são, sem meias palavras, ao contrário dos políticos tucanos, há mais de duas décadas no comando da região mais rica do país.

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Se estas previsões se confirmarem, como será a vida dos paulistanos? Nem é preciso esperar pela decretação oficial do rodízio para fazer o teste: experimente, o caro leitor do Balaio, ficar cinco dias sem tomar banho. Quem vai aguentar?

O fedor será o de menos: sem água por tanto tempo, como vão funcionar as indústrias e os shoppings, as escolas e os hospitais, os restaurantes e os botecos, a agricultura e os banheiros públicos, os clubes e as floriculturas?

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Sempre restará o recurso aos carros-pipa, claro, mas eles irão buscar água aonde? No Nordeste? A que preço? Quem pode já está estocando água mineral, construindo poços e cisternas, preparando-se para o pior. E quem não pode?

Já imagino o escândalo que vai ser quando não tiver mais nem água Perrier para comprar.

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