Novo Ibope gera debate sobre conflito de interesses

Compra do Ibope Media pelo grupo WPP, gigante de publicidade e relações públicas sediado em Londres, causa apreensão quando ao risco de conflito de interesses, tanto no Brasil como em outros países em que o instituto atua, na América Latina; especialistas questionam risco dos interesses publicitários na mediação da audiência; "Qual é o compromisso que o grupo apresenta, para os seus clientes, de que não haverá contaminação?", pergunta o professor de Ética da ECA-USP, eugênio Bucci; no Brasil, as maiores redes já estavam divididas antes, com a Globo mantendo o Ibope, e Record, SBT, Bandeirantes e RedeTV! apoiando o instuto alemão GfK

Compra do Ibope Media pelo grupo WPP, gigante de publicidade e relações públicas sediado em Londres, causa apreensão quando ao risco de conflito de interesses, tanto no Brasil como em outros países em que o instituto atua, na América Latina; especialistas questionam risco dos interesses publicitários na mediação da audiência; "Qual é o compromisso que o grupo apresenta, para os seus clientes, de que não haverá contaminação?", pergunta o professor de Ética da ECA-USP, eugênio Bucci; no Brasil, as maiores redes já estavam divididas antes, com a Globo mantendo o Ibope, e Record, SBT, Bandeirantes e RedeTV! apoiando o instuto alemão GfK
Compra do Ibope Media pelo grupo WPP, gigante de publicidade e relações públicas sediado em Londres, causa apreensão quando ao risco de conflito de interesses, tanto no Brasil como em outros países em que o instituto atua, na América Latina; especialistas questionam risco dos interesses publicitários na mediação da audiência; "Qual é o compromisso que o grupo apresenta, para os seus clientes, de que não haverá contaminação?", pergunta o professor de Ética da ECA-USP, eugênio Bucci; no Brasil, as maiores redes já estavam divididas antes, com a Globo mantendo o Ibope, e Record, SBT, Bandeirantes e RedeTV! apoiando o instuto alemão GfK (Foto: Aquiles Lins)


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247 - A compra do Ibope Media pelo grupo WPP, o gigante de publicidade e relações públicas sediado em Londres, causa apreensão quando ao risco de conflito de interesses, tanto no Brasil como em outros países em que o instituto atua, na América Latina.

Por 72 anos, o Ibope foi uma empresa independente, chegando a outros 16 países. Mas desde a virada do ano as suas pesquisas de audiência passaram a ser controladas pelo WPP, que abrange agências de propaganda de atuação mundial, como a Ogilvy.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo deste sábado, 4, jornal chileno de negócios "Pulso" informou que "a possibilidade de que o WPP influencie a gestão de dados é uma preocupação entre os canais" do país. Para responder à preocupação, executivos do Ibope e da Kantar, como é chamado o braço do WPP que agora controla o instituto, foram recentemente ao Chile.

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"Com a aquisição do Ibope, a Kantar Media se tornou a maior empresa de medição de audiência no mundo. Ela jamais chegaria a esse porte ou alcançaria esse posto se houvesse conflito de interesse com outros ativos do WPP", respondeu o Ibope. O instituto argumentou ainda que "a independência entre as empresas do grupo é salutar para a longevidade e o crescimento dos negócios".

No Chile, a compra levou as redes de TV a ameaçar abrir concorrência para contratar outro instituto, após 20 anos com o Ibope. O alemão GfK e o francês Ipsos teriam manifestado interesse, mas a recente conversa reaproximou Ibope e emissoras.

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No Brasil, as maiores redes já estavam divididas antes, com a Globo mantendo o Ibope, e Record, SBT, Bandeirantes e RedeTV! apoiando o GfK, cujo levantamento de audiência tinha previsão de começar nesta quinta (2).

O grupo WPP abrange atuação de agências de grande porte no Brasil como Ogilvy, JWT e Newcomm/Y&R, Eugênio Bucci, professor de ética na ECA-USP, afirma que no caso "existe, necessariamente, um conflito de interesses".

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O problema, acrescenta, é "como será tratado e equacionado". "Qual é o compromisso que o grupo apresenta, para os seus clientes, de que não haverá contaminação?". A transparência não bastaria, pois "é um pré-requisito".

 

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