Kennedy: ‘STF derruba estratégia de forçar delação’
"O juiz federal Sérgio Moro e os investigadores do Ministério Público Federal contavam com esse elemento de pressão para forçar acusados a delatar. A prisão preventiva não pode ser usada dessa forma", comenta o jornalista Kennedy Alencar sobre a decisão de mandar nove executivos de empreiteiras para a prisão domiciliar; segundo ele, o Supremo ajudou a evitar um fracasso futuro na Lava Jato, que poderia resultar em nulidade processual em decorrência de abusos
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247 – A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal de mandar para a prisão domiciliar nove executivos de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato "derruba a estratégia de prender para forçar o acusado a fazer uma delação premiada", comenta o jornalista Kennedy Alencar nesta quarta-feira 29.
"Foi retirado um instrumento de pressão sobre os acusados (...) O juiz federal Sérgio Moro e os investigadores do Ministério Público Federal contavam com esse elemento de pressão para forçar acusados a delatar. A prisão preventiva não pode ser usada dessa forma", escreve Kennedy.
Ele lembra que a decisão "não significa a morte das delações premiadas", que poderão continuar a ser feitas, e ressalta que o "equilíbrio é muito importante em operações dessa magnitude". Para o jornalista, a decisão relatada pelo ministro Teori Zavascki ontem ajudou a evitar um fracasso futuro na Lava Jato, que poderia resultar em nulidade processual em decorrência de abusos.
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