Kotscho: Cadeiras vazias são o retrato da agonia do PT

Colunista Ricardo Kotscho destaca baixa audiência no 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo: “A militância sumiu, nem Lula apareceu”; professor Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do partido, reforçou: "Como fundador e alguém que militou 35 anos no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa, quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise que nos atinge de forma objetiva e subjetiva"

Colunista Ricardo Kotscho destaca baixa audiência no 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo: “A militância sumiu, nem Lula apareceu”; professor Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do partido, reforçou: "Como fundador e alguém que militou 35 anos no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa, quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise que nos atinge de forma objetiva e subjetiva"
Colunista Ricardo Kotscho destaca baixa audiência no 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo: “A militância sumiu, nem Lula apareceu”; professor Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do partido, reforçou: "Como fundador e alguém que militou 35 anos no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa, quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise que nos atinge de forma objetiva e subjetiva" (Foto: Roberta Namour)


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247 – O colunista Ricardo Kotscho comenda a baixa audiência no 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo, e diz que as cadeiras vazias são o retrato da agonia do partido: “A militância sumiu, nem Lula apareceu”.

Segundo ele, outro sinal é a ameaça da fuga de vereadores e prefeitos preocupados com a alta rejeição ao partido em São Paulo e que já estão em negociações com o PSB, o novo partido de Marta Suplicy.

Leia abaixo o artigo de Kotscho sobre o assunto:

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"Perdemos a batalha política", resumiu sem meias palavras o professor Marco Aurélio Garcia, um dos fundadores do partido, 35 anos atrás, e assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais desde a chegada do PT ao poder, em 2003.

Encarregado de fazer um balanço da situação, ele nem precisava falar nada. Bastava apontar para a plateia. Das mil cadeiras enfileiradas na quadra do Sindicato dos Bancários para receber os participantes do 5º Congresso Estadual do PT, em São Paulo, nem a metade estava ocupada. A militância sumiu, nem Lula apareceu.

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"Como fundador e alguém que militou 35 anos no partido, nunca vi uma reunião do PT tão vazia como essa, quando no passado se disputava um crachá. Isso é um sintoma grave de uma crise que nos atinge de forma objetiva e subjetiva", disse Garcia na abertura dos trabalhos no sábado.

Para ele, o partido não conseguiu entender o fenômeno das classes que foram favorecidas pelas medidas de inclusão social adotadas nos governos do PT e a reeleição de Dilma encerrou este ciclo de 12 anos, que está esgotado. "Os militantes não se sentem mais representados pelo PT. Isso significa que perdemos a batalha política. Isso é sim responsabilidade do governo, mas é muito mais uma responsabilidade do nosso partido".

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Além das cadeiras vazias, outro sintoma da agonia do PT é a ameaça da fuga de vereadores e prefeitos preocupados com a alta rejeição ao partido em São Paulo e que já estão em negociações com o PSB, o novo partido de Marta Suplicy, para disputar as eleições municipais do próximo ano. Na avaliação do próprio partido, o PT pode perder até 30% das 68 prefeituras que tem atualmente. Em 2014, antes da atual crise, a bancada na Assembleia Legislativa já tinha caído de 24 para 14 deputados.

Tudo isso acontece a apenas três semanas da abertura do Congresso Nacional do PT marcado para Salvador, de 11 a 13 de junho. No encontro estadual, Marco Aurélio Garcia falou na necessidade do partido apresentar um novo modelo político e econômico, mas resta saber se isso será possível em tão pouco tempo para motivar a militância e reconquistar o eleitorado perdido. A grande dúvida é se a presidente Dilma Rousseff, que já foi oficialmente convidada, estará presente ao encontro neste momento em que partido e governo encontram-se cada vez mais afastados nas discussões sobre o ajuste fiscal.

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