Lula emplaca "confidente" na Casa Civil e reafirma o seu poder, diz NYT
Jornal The New York Times avalia que o ex-presidente Lula mostrou seu poder ao emplacar como ministro-chefe da Casa Civil o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, petista com um perfil mais reconciliador e próximo ao cacique-mor do PT; "Nos bastidores da troca, seu poderoso antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, está reafirmando seu poder ao emplacar um confidente, Jaques Wagner, como ministro da Casa Civil. Ao mesmo tempo, o PMDB... está aumentando seu poder", diz a reportagem; citando analistas políticos, veículo diz, ainda, que, após a reforma, Dilma terá mais tempo para reconstruir seu poder
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247 - A reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) reafirma o poder do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou como ministro-chefe da Casa Civil o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, petista com um perfil mais reconciliador e próximo a Lula. A avaliação é do jornal americano New York Times.
“Nos bastidores da troca, seu poderoso antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, está reafirmando seu poder ao emplacar um confidente, Jaques Wagner, como ministro da Casa Civil. Ao mesmo tempo, o PMDB... está aumentando seu poder", diz a reportagem.
Dentre as mudanças anunciadas por Dilma estão a redução no número de ministérios, de 39 para 31, o corte de 3 mil cargos comissionados e a redução de 10% no salário dela e dos ministros.
Depois de ganhar a pasta da Saúde, o PMDB passou a comandar sete ministérios, ao invés de seis. Na avaliação do NYT, a legenda peemedebista é o partido do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (RJ), "o principal crítico de Dilma" e que tem "o poder de decidir os pedidos para iniciar os procedimentos de impeachment contra Dilma".
O jornal americano afirma Dilma é uma "líder cercada". Na reportagem são citados a economistas que dizem que as medidas resultarão apenas em "economias simbólicas". Mas, com a reforma, a presidente terá mais tempo para reconstruir seu poder, diz o jornal, citando cientistas políticos.
"Ao dar mais poder ao PMDB, Dilma tenta construir apoio no Congresso para a aprovação de cortes de gastos controversos defendidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy".
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