Tijolaço: cofre de Alckmin é confissão do 'Metrolão'

Para Fernando Brito, do Tijolaço, "é o mínimo que se pode dizer da decisão do governador de São Paulo de tornar 'ultrassecretos' milhares de documentos relativos às obras do Metrô e às aquisições da CPTM"; segundo ele, "a desculpa de que 'pessoas mal-intencionadas poderiam ter acesso' à documentação é um deboche"

Para Fernando Brito, do Tijolaço, "é o mínimo que se pode dizer da decisão do governador de São Paulo de tornar 'ultrassecretos' milhares de documentos relativos às obras do Metrô e às aquisições da CPTM"; segundo ele, "a desculpa de que 'pessoas mal-intencionadas poderiam ter acesso' à documentação é um deboche"
Para Fernando Brito, do Tijolaço, "é o mínimo que se pode dizer da decisão do governador de São Paulo de tornar 'ultrassecretos' milhares de documentos relativos às obras do Metrô e às aquisições da CPTM"; segundo ele, "a desculpa de que 'pessoas mal-intencionadas poderiam ter acesso' à documentação é um deboche" (Foto: Gisele Federicce)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço

Transparente como a água suja do fundo do Cantareira.

É o mínimo que se pode dizer da decisão, publicada na Folha de hoje, do Governador Geraldo Alckmin de tornar “ultrassecretos” – com acesso vedado por 25 anos – milhares de documentos relativos às obras do Metrô e às aquisições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

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A desculpa de que ‘pessoas “mal-intencionadas” poderiam ter acesso’ à documentação é um deboche.

As obras do metrô paulista feitas nos últimos anos já se mostraram uma forma escandalosa de “cavar” dinheiro ilegal e estão sob investigação no Cade e no Ministério Público.

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Punições, zero. O crime de homicídio cometido contra as sete pessoas tragadas pela cratera que se abriu em janeiro de 2007, no governo tucano de José Serra prescreveu este ano, sob o silêncio cúmplice de quase toda a imprensa. As empreiteiras envolvidas – será que você as conhece? – são as mesmas da Lava Jato: Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez.

Nenhum de seus dirigentes, por contribuírem para matar gente, foi preso. Deve ser “crime menor”.

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As atuais, atrasadas ao extremo, duplicaram o custo e cortaram sua extensão.

Mas é “segredo de Estado”, num país onde e-mails que registram simples encontros entre autoridades e empresas, quando se trata do governo federal, são expostos e apontados como indícios de negócios suspeitos e merecem manchetes.

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Os mortos da cratera, nem uma placa in memorian tiveram direito na  fatídica estação Pinheiros, segundo se lê na única (e boa) matéria sobre a prescrição do crime, publicada no Monitor Mercantil.

Não há Moro para eles, não há “eles sabiam” para Serra e Alckmin, não há panelas, nem bonecos infláveis, ninguém os agride em restaurantes em hospitais.

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Mas, sobretudo, não há interesse em escavar o monte de sujeiras que há no metrô paulista e o ouro que o monturo dos governos tucanos mal esconde.

O decreto tornando secretos – secretos por uma geração! – documentos de uma obra pública cheia de suspeitas é uma confissão.

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Enterram-se os indícios, as provas, as culpas. E enterra-se a moribunda credibilidade de uma imprensa que ajuda a sepultar a si mesma.

O problema é que, quando se trata do PSDB, nem confessando lhes acontece qualquer coisa.

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