Playboy deixará de publicar fotos de mulheres nuas

Segundo o vice-presidente da Playboy, Scott Flanders, a competição com a internet levou a tradicional revista masculina a optar por continuar apresentando as mulheres em poses apenas provocantes, e não completamente nuas; "Você agora está a um clique de distância de cada ato sexual imaginável, de graça", disse o executivo; tiragem, que já chegou a 5,6 milhões de exemplares na década de 70, caiu para 800 mil

Hugh Hefner
Hugh Hefner (Foto: Paulo Emílio)


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Reuters - Agora os leitores da Playboy poderão dizer com sinceridade que compram a revista apenas por causa dos artigos.

A revista masculina deixará de publicar fotos de mulheres nuas, informou o New York Times na segunda-feira, em uma reportagem que tem como fonte o presidente-executivo da empresa, Scott Flanders.

O fundador e editor-chefe Hugh Hefner, de 89 anos, que encarnou o estilo de vida da Playboy em seu pijama de seda, concordou no mês passado com uma sugestão do principal editor, Cory Jones, de parar de publicar imagens de mulheres nuas, disse o Times.

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Em uma época em que todo adolescente tem um telefone conectado à Internet e a web está repleta de pornografia, a revista optou por continuar apresentando as mulheres em poses apenas provocantes, e não completamente nuas, disse o Times.

"Você agora está a um clique de distância de cada ato sexual imaginável, de graça", disse Flanders, segundo no Times. "Por isso, a essa altura é apenas passado."

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Segundo o Times, a revista, que contou com Marilyn Monroe em sua capa de estreia, em 1953, está fazendo as mudanças após a circulação cair de 5,6 milhões de exemplares em 1975 para cerca de 800 mil agora. Após seu sucesso inicial, a Playboy foi atacada pela direita por causa da nudez e pela esquerda por feministas que a acusavam de reduzir as mulheres a objetos sexuais.

Algumas mudanças ainda estão em debate, incluindo a manutenção ou não de uma foto de mulher em página dupla central. A colunista de sexo da revista Playboy será uma mulher, que escreve com entusiasmo sobre sexo, disse Jones ao Times.

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A revista sempre teve apelo intelectual e contou com grandes escritores. Entrevistas em profundidade com figuras históricas, como Fidel Castro, Martin Luther King Jr., Malcolm X e John Lennon também eram uma característica regular.

"Não me entenda errado," disse Jones sobre a decisão de eliminar fotos de mulheres nuas. "O meu lado 12 anos está muito desapontado no meu eu atual. Mas é a coisa certa a se fazer."

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A Playboy não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

(Reportagem de Barbara Goldberg, em Nova York)

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