Nassif: procurador do TCU usa cargo para militância

Depois de dizer que a presidente Dilma Rousseff 'pedalou' em 2015, para justificar o golpe e de isentar o vice Michel Temer da responsabilidade, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua junto ao TCU, quer agora anular os acordos de leniência; para o colunista Luis Nassif, Oliveira é militante político; ‘Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação’

Depois de dizer que a presidente Dilma Rousseff 'pedalou' em 2015, para justificar o golpe e de isentar o vice Michel Temer da responsabilidade, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua junto ao TCU, quer agora anular os acordos de leniência; para o colunista Luis Nassif, Oliveira é militante político; ‘Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação’
Depois de dizer que a presidente Dilma Rousseff 'pedalou' em 2015, para justificar o golpe e de isentar o vice Michel Temer da responsabilidade, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que atua junto ao TCU, quer agora anular os acordos de leniência; para o colunista Luis Nassif, Oliveira é militante político; ‘Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação’ (Foto: Roberta Namour)


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Por Luís Nassif, do jornal GGN

O Procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público do Tribunal de Contas, é militante político. Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação.

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Quando levantou as "pedaladas", Júlio comportou-se tecnicamente, inclusive quando apontou as diferenças de dimensão entre 2014 e anos passados. Quando passou a superdimensionar seus efeitos, a botar fogo no TCU por uma punição radical, exagerou. Mas, ainda assim, se poderia atribuir ao excesso de zelo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não ficou nisso. Passou a torpedear, uma a uma, as tentativas de amenizar os efeitos da Lava Jato na economia. Não se limitava apenas a torpedear as parcas iniciativas do governo, mas a proferir juízo de valor sobre temas como a lei de leniência.

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Quando crítica o fato de haver muitas instâncias de leniência e o acusado poder fazer um leilão com a mais leniente, é uma opinião técnica. Quando investe contra qualquer acordo, e defende que a única punição correta é aquela que líquida com as empresas, age politicamente - e irresponsavelmente.

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Como também age politicamente quando recorre a esse execrável expediente de barganhar reportagens e de alimentar blogs e publicações empenhadas na campanha do impeachment. E tira de vez a máscara quando avança decididamente para além das chinelas e, em entrevista à BBC Brasil defende claramente o impeachment como punição para as pedaladas.

Ontem, mais uma vez exerceu a militância, ao entrar em juízo de valores sobre a motivação do vice-presidente Michel Temer em assinar medidas que podem ser caracterizadas como pedaladas, como se o jurista e parlamentar ladino fosse um insuficiente necessitando de apoio da autoridade pública.

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O fato de todos - literalmente todos - seus pareceres serem contra o governo compromete não apenas a ele. Ele é o responsável por sua biografia. Mas afeta a imagem de todos os procuradores que trabalham seriamente e respeitam o princípio da impessoalidade no serviço público

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A crise política e a Lava Jato – somada à inação do governo – já derrubaram o PIB em 2 pontos percentuais adicionais. Não dá mais para usar a crise como holofote para exibicionismos irresponsáveis, valendo-se do poder que foi conferido pelo Estado.

Seja a favor ou contra o governo de plantão, é um ativismo irresponsável para com o país.

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