A direita terá o poder sem controlar a informação?

A semana que passou, marcada pelo escândalo FHC-Mirian Dutra, revela que a direita no Brasil tem um desafio a superar: como chegar ao poder num mundo de informação muito mais democrática do que no passado; quando FHC se elegeu e se reelegeu presidente, em 1994 e 1998, foi protegido por praticamente todos os meios de comunicação que existiam naquele momento – veículos que, ainda hoje, na era da internet, tentam protegê-lo; no passado, bastava combinar o jogo com quatro ou cinco famílias; o jogo, agora, mudou e Lula dialoga melhor com os meios eletrônicos do que seus adversários

A semana que passou, marcada pelo escândalo FHC-Mirian Dutra, revela que a direita no Brasil tem um desafio a superar: como chegar ao poder num mundo de informação muito mais democrática do que no passado; quando FHC se elegeu e se reelegeu presidente, em 1994 e 1998, foi protegido por praticamente todos os meios de comunicação que existiam naquele momento – veículos que, ainda hoje, na era da internet, tentam protegê-lo; no passado, bastava combinar o jogo com quatro ou cinco famílias; o jogo, agora, mudou e Lula dialoga melhor com os meios eletrônicos do que seus adversários
A semana que passou, marcada pelo escândalo FHC-Mirian Dutra, revela que a direita no Brasil tem um desafio a superar: como chegar ao poder num mundo de informação muito mais democrática do que no passado; quando FHC se elegeu e se reelegeu presidente, em 1994 e 1998, foi protegido por praticamente todos os meios de comunicação que existiam naquele momento – veículos que, ainda hoje, na era da internet, tentam protegê-lo; no passado, bastava combinar o jogo com quatro ou cinco famílias; o jogo, agora, mudou e Lula dialoga melhor com os meios eletrônicos do que seus adversários (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 – A direita brasileira, capitaneada pelo PSDB, tem um problema a superar até 2018, caso queira, de fato, retomar as rédeas do poder federal. Trata-se não apenas de superar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele seja confirmado o candidato do PT, mas, sobretudo, de aprender a lidar com um universo de comunicação muito mais democrático do que quando ela reinou soberana.

Na primeira eleição presidencial após a redemocratização, em 1989, a direita, associada aos principais grupos de comunicação do País daquela época, conseguiu emplacar a vitória de seu candidato: o caçador de marajás, Fernando Collor. Na trama, tiveram papel decisivo tanto a revista Veja como a Globo, por meio do então diretor Alberico Souza Cruz.

Agora, com a revelação do escândalo FHC-Mirian Dutra, sabe-se que as duas eleições seguintes, de 1994 e 1998, também foram, de certa forma, vencidas pela mídia. Abril e Globo foram decisivas na montagem do projeto FHC, que envolveu o escamoteamento de sua relação extraconjugal com uma ex-jornalista global. A que preço? Não se sabe ainda.

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Desde então, foram quatro derrotas consecutivas: duas para Lula, em 2002 e 2006, e duas para Dilma Rousseff, em 2010 e 2014. Em 2018, com o desgaste do PT e da imagem do ex-presidente Lula, a direita, aparentemente, está bem posicionada. Nas pesquisas mais recentes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apareceu em primeiro lugar, mas o quadro poderá ser alterado, caso haja uma implosão do PSDB, com o surgimento de novas candidaturas, como do governador Geraldo Alckmin e do senador José Serra (PSDB-SP).

A grande dificuldade do PSDB, no entanto, será navegar num mundo não mais controlado por quatro ou cinco famílias oligárquicas, donas dos veículos tradicionais de comunicação, com quem os tucanos sempre tiveram mais facilidade para negociar do que seus adversários.

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Hoje, na era da internet e das redes sociais, há muito mais vozes e acordos de cocheira nem sempre funcionam. Por mais que Veja e Época, neste fim de semana, tenham blindado FHC (leia aqui e aqui), com requentadas denúncias contra o ex-presidente Lula, o escândalo tucano se tornou o tema mais comentado da semana, graças à democratização da mídia produzida pela internet.

Perseguido pela imprensa tradicional, o ex-presidente Lula passou a dialogar, de forma mais constante e eficiente, com os meios digitais, do que seus adversários. Em 2018, com a tendência declinante da circulação e da influência dos meios tradicionais, será crucial navegar num mundo ainda mais polifônico e democrático.

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