Kennedy: 'Lava Jato reage com arrogância a críticas'
"Quando procuradores da República dizem que criticar a condução coercitiva é cortina de fumaça e que só houve incômodo porque Lula foi atingido, eles adotam uma atitude arrogante", afirma o jornalista Kennedy Alencar; "A Lava Jato não é imune a críticas"; para Kennedy, a operação do juiz Sérgio Moro em torno do ex-presidente foi uma "estratégia política"; "Vai além do jurídico. Juízes, procuradores e policiais que agem com viés político podem cometer abusos. Isso não é bom para a Lava Jato nem para o país"; e completa: "O ex-presidente Lula tem de dar explicações. Não está acima da lei. Mas como todo cidadão não pode ter seus direitos desrespeitados"
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247 - O colunista Kennedy Alencar engrossou nesta segunda-feira, 7, o coro de críticas à atuação do juiz Sérgio Moro e dos procuradores do Ministério Público da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Têm razão aqueles consideraram a medida desnecessária e abusiva", afirma.
"Quando procuradores da República dizem que criticar a condução coercitiva é cortina de fumaça e que só houve incômodo porque Lula foi atingido, eles adotam uma atitude arrogante. O ministro Marco Aurélio Mello, crítico do expediente no caso de Lula, está longe de ser um partidário do ex-presidente. Há outros ministros do STF que, reservadamente, também enxergaram abuso", critica Kennedy.
Experiente jornalista político, Kennedy Alencar precisa dizer o óbvio: "A Lava Jato não é imune a críticas". Ele ressalta também que há um incômodo em setores jurídicos com prisões preventivas tão longas para forçar delações premiadas.
"Um artigo feito pelo juiz Sérgio Moro expõe claramente que a Lava Jato é inspirada na Operação Mãos Limpas, que aconteceu na Itália. Seria preciso, diz Moro, uma espécie de aliança com a opinião pública para fazer o combate à corrupção avançar. Isso nada mais é do que uma estratégia política. Vai além do jurídico. Juízes, procuradores e policiais que agem com viés político podem cometer abusos. Isso não é bom para a Lava Jato nem para o país", afirma.
"O ex-presidente Lula tem de dar explicações. Não está acima da lei. Mas como todo cidadão não pode ter seus direitos desrespeitados", completa Kennedy Alencar.
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