Kotscho: teorias conspiratórias serão inevitáveis
"Enquanto não forem divulgadas oficialmente as causas do acidente, o que sempre demora, vamos ler e ouvir as histórias mais malucas sobre a morte de Zavascki, com especulações e análises de todo tipo, agora que todo mundo virou jornalista de si mesmo", diz o jornalista Ricardo Kotscho
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Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
Logo de manhã, quando abri o computador, encontrei esta frase do título nos comentários de dois leitores do Balaio: "Há males que vêm para pior".
Fiquei pensando que ela resume bem o momento que o país vive em que um fato grave sucede o outro sem dar tempo da gente respirar.
Para quem achava que, depois de tudo o que aconteceu em 2016 e virou o país de pernas para o ar, as coisas só poderiam melhorar este ano, já vimos nestas primeiras semanas de janeiro que o que está ruim sempre pode piorar (ver post anterior).
Já tem gente que não acredita no que está acontecendo e procura explicações sobrenaturais. Num clima em que ninguém mais confia em ninguém, muito menos no que lê no noticiário, só pode ser uma conspiração do além.
Assim que correu a notícia do acidente do avião, no mar de Parati, em que morreu o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, as pessoas vieram me perguntar:
"Será que mataram ele justo agora que iam sair as delações da Odebrecht pegando todo mundo?"
Logo as redes sociais seriam invadidas pela mesma desconfiança da pós-verdade que está na moda. Se tudo é possível, nada é impossível, por mais absurdo que seja.
Enquanto não forem divulgadas oficialmente as causas do acidente, o que sempre demora, vamos ler e ouvir as histórias mais malucas sobre a morte de Zavascki, com especulações e análises de todo tipo, agora que todo mundo virou jornalista de si mesmo.
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