Revista Forbes prevê queda de Temer e nova crise no Brasil

A revista "Forbes", que durante anos sempre expressou severas críticas à condução da política econômica nas gestões dos ex-presidentes Lula e Dilma, surpreendeu boa parte de seus leitores na edição da última quarta-feira, 18, com reportagem prevendo a queda do governo Temer e o surgimento de nova crise no Brasil

Michel Temer
Michel Temer (Foto: Leonardo Attuch)


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Da Agência Sputinik

A revista "Forbes", que durante anos sempre expressou severas críticas à condução da política econômica nas gestões dos ex-presidentes Lula e Dilma, surpreendeu boa parte de seus leitores na edição da última quarta-feira, 18, com reportagem prevendo a queda do governo Temer e o surgimento de nova crise no Brasil.

A publicação aponta três sinais para essas mudanças. A primeira é a possibilidade crescente de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheça as acusações de improbidade na chapa Dilma-Temer na eleição de 2014. A ação, curiosamente, foi apresentada pelo PSDB, hoje um dos partidos aliados do governo. O segundo motivo, segundo a "Forbes", seria a dissolução de parte da base aliada, preocupada com seu futuro político nas eleições de 2018. O terceiro motivo seria a rejeição de 64% do governo face às reformas propostas na Previdência e no mercado de trabalho, além da lenta recuperação da economia.

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O secretário adjunto para Assuntos Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Ariovaldo Camargo, concorda em parte com o diagnóstico traçado pela publicação.

"É um pouco natural que aqueles que se posicionaram a favor do golpe, como a grande mídia brasileira, perceberam as dificuldades que o governo Temer vem tendo a partir do momento em que apresenta duas pautas muito contraditórias no cenário brasileiro (a reforma trabalhista e a da Previdência). É muito provável que a própria base parlamentar comece a abandonar um pouco esse projeto", diz o membro da CUT. 

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Para Camargo, o enfraquecimento do governo demonstra que os próximos dois anos seriam de muitas dificuldades. 

"O governo, que é fruto de um golpe, não tem moral para apresentar à sociedade determinadas questões como essas que são muito cruciais para a vida de qualquer cidadão brasileiro — a perspectiva de sua aposentadoria e a forma de reger seu contrato de trabalho. Diante desse quadro me parece que o governo caminha mesmo para não continuar seu mandato. Acho que a via que vão buscar é a do Tribunal Superior Eleitoral, na perspectiva de buscar uma eleição indireta no futuro para tentar salvar aquilo que eles querem fazer, porque a sociedade não tem no Temer a confiança que ele julgava ter para fazer medidas tão estruturantes na economia e na vida do povo brasileiro", afirma o secretário.

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Camargo também diz que são evidentes os sinais de que o país já começa a viver o pré-calendário de 2018. 

"Não é por motivo qualquer que tem projeto na Câmara dos Deputados, na Comissão de Constituição e Justiça, prevendo que nenhum cidadão brasileiro pode concorrer a três mandatos na presidência da República. Estamos chamando de Projeto Anti-Lula, porque ele é o único que pode ser atingido e Fernando Henrique Cardoso, que certamente não é pré-candidato a mais nada. Isso não vale para governadores, nem para prefeitos, só para presidente da República", ironiza.

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Camargo diz que os deputados que pretendem se eleger no próximo ano não querem ter seus nomes vinculados à aprovação dessas propostas. O secretário da CUT garante, porém, que o movimento sindical vai colocar em cada estado a fotografia do deputado que votar a favor da reforma da Previdência.

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