O argumento de Dallagnol para delação não ser anulada após vazamentos

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador  Deltan Dallagnol apresentou dois argumentos contra a ideia, defendida por Gilmar Mendes, de anular trechos de processos comprometidos por vazamentos de delações premiadas; para Dallagnol, em síntese, a proposta é descabida porque favorecerá os investigados; basta que um advogado ou delator vaze a informação para a imprensa para ver o processo ser esvaziado; ele disse que por mais que a ideia seja de boa fé, já que os vazamentos são uma violação à presunção da inocência dos implicados, anular seria garantir a impunidade dos poderosos

O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, participa de lançamento, no Rio, do projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, do MPF (Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil)
O procurador da República Deltan Dallagnol, que integra o núcleo da Operação Lava Jato, participa de lançamento, no Rio, do projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, do MPF (Vladimir Platonow/Repórter da Agência Brasil) (Foto: Giuliana Miranda)


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Do jornal GGN

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, lançou em sua página pessoal no Facebook dois argumentos contra a ideia, defendida por Gilmar Mendes, de anular trechos de processos comprometidos por vazamentos de delações premiadas.

Segundo a justificativa de Dallagnol, em síntese, a proposta é descabida porque favorecerá os investigados. Basta que um advogado ou delator vaze a informação para a imprensa, mas ver o processo ser esvaziado. Ele disse que por mais que a ideia seja de boa fé, já que os vazamentos são uma violação à presunção da inocência dos implicados, anular seria garantir a impunidade dos poderosos.

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Ainda de acordo com o procurador, outro ponto é que a lei não prevê esse tipo de ação. Para Dallagnol, aliás, não importa que o vazamento seja considerado ilegal, porque a fonte daquela informação foi um depoimento dado ao Ministério Público ou à Polícia Federal, e isso legitima seu uso em qualquer processo.

 

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O procurador ainda apontou que operações como a Lava Jato cairiam por terra sem as delações.

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Como anotou o leitor WG nos comentários:

"Ante o argumento, conclui-se que não haverá nenhuma vantagem para os delatores em novos vazamentos. Poderremos, então, atribuí-los aos juízes e promotores ?"

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