Tijolaço: Temer vai optar pela revogação da Lei Áurea

Jornalista Fernando Brito comenta a decisão de Michel Temer, após pressão e reunião com empresários e banqueiros, de sancionar o projeto da terceirização aprovado pela Câmara na semana passada, "que transforma o trabalhador em mercadoria", em vez de esperar o texto do Senado, mais moderno e mais brando

Michel Temer, construção civil .2
Michel Temer, construção civil .2 (Foto: Gisele Federicce)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço - Deu agorinha na Folha que  Michel Temer “desistiu da aprovação de um projeto mais brando para regulamentar a terceirização no país”, que estava sendo negociado no Senado a partir do que havia sido votado em 2105.

Diz o jornal que “sob pressão da base aliada e do setor empresarial”, o presidente desistiu de substituir “pontos exagerados” da proposta aprovada pela Câmara por trechos mais brandos da analisada pelo Senado.

Vai mesmo ficar com a revogação da Lei Áurea, que transforma o trabalhador em mercadoria e que, segundo os procuradores do Trabalho, “fragmenta a relação de emprego, aumenta a rotatividade de mão de obra, reduz a remuneração, eleva a jornada de trabalho, reduz a garantia de férias e de benefícios indiretos, submete os direitos trabalhistas a alto risco de inadimplemento e dispersa a organização sindical”. (Leia a manifestação do MPT e dos juízes do Trabalho no blog do Marcelo Auler)

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Vagamente, promete restabelecer algumas garantias no corpo da reforma trabalhista, num golpe de esperteza para facilitar a extinção da CLT: se a oposição não votar, prevalece a Lei da Selva sancionada antes.

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