Você sabe se comportar nas redes sociais?

Com o aumento no uso dessas mídias, cresce também as dúvidas sobre qual a melhor forma de agir; leia entrevista com o especialista Hegel Vieira Aguiar e tenha algumas dicas

Você sabe se comportar nas redes sociais?
Você sabe se comportar nas redes sociais? (Foto: Shutterstock)


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Por Daniela Guedes, para o Brasil 247 - Muito se ouve falar sobre redes sociais, algo tão dinâmico e comum hoje em dia, que nos obriga a estarmos atentos tanto às novidades do meio digital quanto ao nosso próprio comportamento na rede. E o que vemos, por conta do vasto alcance destas ferramentas, são os usuários se descuidando nas regras básicas de etiqueta.

Essa atitude contribui negativamente para alguém que queira ter sucesso nesse meio, seja no âmbito pessoal ou no profissional. Ao frequentar ativamente uma ou mais redes sociais, o usuário está deixando sua marca na internet. Por que então não deixar uma marca positiva nesse universo?

Segundo Hegel Vieira Aguiar, gerente de planejamento e comunicação digital e autor do livro Etiqueta 3.0 Você on-line & off-line (Ed. Generale). A única diferença entre o mundo real e virtual é que no primeiro, as conversas e interações com amigos são observadas em plataformas com poder de amplificar o que é dito.

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"Em média, um perfil de um usuário em uma rede social possui 273 seguidores, ou seja, um simples bom dia pode ser visualizado por amigos de amigos de amigos. Um alcance quase infinito, o mesmo que você subir em um palanque em uma praça pública com um microfone em punho e gritar para uma multidão", explica.

Na entrevista abaixo, Hegel dá dicas sobre como utilizar de forma positiva as redes sociais e conta como as pessoas podem tirar melhor proveito das redes se comportando de forma simples e eficaz.

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247 – É possível ser você mesmo no ambiente das redes sociais?

Hegel Vieira Aguiar – Não é possível, é necessário! As mídias sociais nos possibilitaram viver entre dois mundos, o real e o virtual. Universos distintos que se convergem não existindo a possibilidade de manter personalidades diferentes em cada um deles, a não ser que você decida interpretar uma personagem.

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247 – Quais os limites que o usuário tem que ter quando a comunicação off-line for transposta para as redes sociais?

Hegel - Isso vai de cada um, dependendo muito do objetivo de utilização do usuário e do grau de privacidade que ele determinar. Se a utilização envolver objetivos profissionais, quanto menos privacidade melhor, quanto mais pessoas tiverem acesso a informações que você posta maior será a visibilidade sobre os assuntos que você domina, o que aumenta as chances de construção de um bom network e conversão em trabalhos. No caso de uso estritamente pessoal e diversão, mantenha o bom senso de não postar um conteúdo que comprometa a sua imagem.

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247 – Há uma maneira específica de se comunicar on-line?

Hegel - É algo muito particular, cada indivíduo deve definir a sua melhor forma de interagir nas mídias sociais. A única regra é manter o bom senso no momento de compartilhar informações e ser verdadeiro e transparente.

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247 – Como o usuário deve gerenciar a sua imagem nas redes sociais?

Hegel - Tenho uma regrinha básica que inseri no meu livro e contribui muito para que as pessoas possam aproveitar ao máximo o poder das mídias sociais: Antes de registrar o seu perfil em uma mídia social defina bem qual o seu objetivo, aonde você quer chegar; registre perfis em plataformas que você tenha afinidade, espaços onde os seus amigos e pessoas do seu interesse profissional estão e, por último, planeje o seu posicionamento nas redes:

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247 – Cite três exemplos de falta de etiqueta no mundo digital.

Hegel - Indiretas postadas do local de trabalho. Publicar fotos de amigos sem a autorização prévia. Postar mensagens ofensivas, declarando preconceitos e intolerância.

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247 – Muitas pessoas estão usando scripts (programas para ter mais seguidores no Twitter) ou adicionando qualquer um no Facebook para obter muitos seguidores com a visão de que será algo altamente positivo. Como você interpreta esta ação?

Hegel - Não concordo. As nossas redes devem ser percebidas como agregadores de conteúdo, um ambiente onde possamos ter acesso a informações que façam a diferença para as nossas vidas. Prefiro utilizá-las como um filtro, selecionando o que há de melhor na internet. Quantidade não é sinônimo de relevância e qualidade.

247 - Como as empresas deveriam orientar seus funcionários no uso das redes sociais?

Hegel - O mais inteligente é transformar os mitos em oportunidades, capacitando os colaboradores a utilizarem as plataformas sociais como um apoio para o seu dia a dia de trabalho, refletir juntos sobre como essas novas mídias podem colaborar com os negócios da empresa, inserindo os colaboradores no processo de desmistificação das redes sociais, construindo, formando uma parceria na construção do manual de conduta da empresa nesses ambientes.

247 – Como uma conversa com um amigo sobre um assunto pessoal no Facebook ou Twitter pode causar impacto na sua imagem profissional?

Hegel - Isso vai depender do assunto, o bom senso do usuário que deverá sinalizar o impacto que o conteúdo da conversa poderá prejudicar a sua imagem, é só lembrar que tudo o que é dito nas mídias sociais é amplificado, e em minutos, o mundo poderá saber o que acontece em sua vida pessoal.

247 – E quanto ao chefe, devemos adicioná-los em nossas redes sociais?

Hegel - Depende do tipo de relacionamento que o usuário mantém com o seu chefe, e das escolhas que ele fez para a utilização das suas redes. Uma opção é a classificação dos seus seguidores por listas, assim você pode escolher para quais grupos de seguidores você quer tornar visível uma determinada postagem. Um bom truque para não ser indelicado com o seu chefe não o aceitando em um possível convite para fazer parte da sua rede social.

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