Marina Silva: "Votarei em Aécio e o apoiarei"

Ex-senadora acabou com o suspense e anunciou neste domingo, em São Paulo, que vai apoiar no segundo turno o candidato do PSDB, Aécio Neves: "Chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do país e do bem comum. É com esse sentimento que, tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e meu apoio neste segundo turno", disse Marina Silva ao lado de seu candidato a vice na eleição presidencial, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS); em passagem por Pernambuco, tucano conquistou ontem o apoio formal da família de Eduardo Campos e divulgou carta de compromissos com bandeiras do PSB

Ex-senadora acabou com o suspense e anunciou neste domingo, em São Paulo, que vai apoiar no segundo turno o candidato do PSDB, Aécio Neves: "Chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do país e do bem comum. É com esse sentimento que, tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e meu apoio neste segundo turno", disse Marina Silva ao lado de seu candidato a vice na eleição presidencial, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS); em passagem por Pernambuco, tucano conquistou ontem o apoio formal da família de Eduardo Campos e divulgou carta de compromissos com bandeiras do PSB
Ex-senadora acabou com o suspense e anunciou neste domingo, em São Paulo, que vai apoiar no segundo turno o candidato do PSDB, Aécio Neves: "Chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do país e do bem comum. É com esse sentimento que, tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e meu apoio neste segundo turno", disse Marina Silva ao lado de seu candidato a vice na eleição presidencial, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS); em passagem por Pernambuco, tucano conquistou ontem o apoio formal da família de Eduardo Campos e divulgou carta de compromissos com bandeiras do PSB (Foto: Roberta Namour)


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247 – Marina Silva declarou finalmente seu apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves, no segundo turno das eleições, contra a reeleição de Dilma Rousseff. "Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos", disse Marina.

Em campanha por Pernambuco, Aécio Neves conquistou neste sábado o apoio formal da família de Eduardo Campos e divulgou carta de compromissos com ações defendidas pelo PSB, que se sustentam em três eixos: o cuidado com a natureza, a atenção às pessoas e a adoção de políticas macroeconômicas que possibilitem uma "sociedade mais justa" para todos.

Em declaração feita em São Paulo ao lado de seu candidato a vice na eleição presidencial, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), neste domingo, ela afirmou ainda que a "chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do país e do bem comum". 

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A ex-senadora ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência, com 22.176.619 votos - ou 21,32% dos válidos.

Leia a nota da ex-senadora: 

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Minha posição

Ontem, em Recife, o candidato Aécio Neves apresentou o documento “Juntos pela Democracia, pela Inclusão Social e pelo Desenvolvimento Sustentável”.

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Quero, de início, deixar claro que entendo esse documento como uma carta compromisso com os brasileiros, com a nação.

Rejeito qualquer interpretação de que seja dirigida a mim, em busca de apoio.

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Seria um amesquinhamento dos propósitos manifestados por Aécio imaginar que eles se dirigem a uma pessoa e não aos cidadãos e cidadãs brasileiros.

E seria um equívoco absoluto e uma ofensa imaginar que me tomo por detentora de poderes que são do povo ou que poderia vir a ser individualmente destinatária de promessas ou compromissos.

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Os compromissos explicitados e assinados por Aécio tem como única destinatária a nação e a ela deve ser dada satisfação sobre seu cumprimento.

E é apenas nessa condição que os avaliei para orientar minha posição neste segundo turno das eleições presidenciais.

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Estamos vivendo nestas eleições uma experiência intensa dos desafios da política.

Para mim eles começaram há um ano, quando fiz com Eduardo Campos a aliança que nos trouxe até aqui.

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Pela primeira vez, a coligação de partidos se dava exclusivamente por meio de um programa, colocando as soluções para o país acima dos interesses específicos de cada um.

Em curto espaço de tempo, e sofrendo os ataques destrutivos de uma política patrimonialista, atrasada e movida por projetos de poder pelo poder, mantivemos nosso rumo, amadurecemos, fizemos a nova política na prática.

Os partidos de nossa aliança tomaram suas decisões e as anunciaram.

Hoje estou diante de minha decisão como cidadã e como parte do debate que está estabelecido na sociedade brasileira.

Me posicionarei.

Prefiro ser criticada lutando por aquilo que acredito ser o melhor para o Brasil do que me tornar prisioneira do labirinto da defesa do meu interesse próprio, onde todos os caminhos e portas que percorresse e passasse só me levariam ao abismo de meus interesses pessoais.

A política para mim não pode ser apenas, como diz Bauman, a arte de prometer as mesmas coisas.

Parodiando-o, eu digo que não pode ser a arte de fazer as mesmas coisas.

Ou seja, as velhas alianças pragmáticas, desqualificadas, sem o suporte de um programa a partir do qual dialogar com a nação.

Vejo no documento assinado por Aécio mais um elo no encadeamento de momentos históricos que fizeram bem ao Brasil e construíram a plataforma sobre a qual nos erguemos nas últimas décadas.

Ao final da Presidência de Fernando Henrique Cardoso, a sociedade brasileira demonstrou que queria a alternância de poder, mas não a perda da estabilidade econômica.

E isso foi inequivocamente acatado pelo então candidato da oposição, Luiz Inácio Lula da Silva, num reconhecimento do mérito de seu antecessor e de que precisaria dessas conquistas para levar adiante o seu projeto de governo.

Agora, novamente, temos um momento em que a alternância de poder fará bem ao Brasil, e o que precisa ser reafirmado é o caminho dos avanços sociais, mas com gestão competente do Estado e com estabilidade econômica, agora abalada com a volta da inflação e a insegurança trazida pelo desmantelamento de importantes instituições públicas.

Aécio retoma o fio da meada virtuoso e corretamente manifesta-se na forma de um compromisso forte, a exemplo de Lula em 2002, que assumiu compromissos com a manutenção do Plano Real, abrindo diálogo com os setores produtivos.

Doze anos depois, temos um passo adiante, uma segunda carta aos brasileiros, intitulada: “Juntos pela democracia, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável”.

Destaco os compromissos que me parecem cruciais na carta de Aécio:

- O respeito aos valores democráticos, a ampliação dos espaços de exercício da democracia e o resgate das instituições de Estado.

- A valorização da diversidade sociocultural brasileira e o combate a toda forma de discriminação.

- A reforma política, a começar pelo fim da reeleição para cargos executivos, que tem sido fonte de corrupção e mau uso das instituições de Estado.

- Sermos capazes de entender que, no mundo atual, a ampliação da participação popular no processo deliberativo, através da utilização das redes sociais, de conselhos e das audiências públicas sobre temas importantes, não se choca com os princípios da democracia representativa, que têm que ser preservados.

- Compromissos sociais avançados com a Educação, a Saúde, a Reforma Agrária.

- Prevenção frente a vulnerabilidade da juventude, rejeitando a prevalência da ótica da punição.

_ Lei para o Bolsa Família, transformando-o em programa de Estado

Compromissos socioambientais de desmatamento zero, políticas corretas de Unidades de Conservação, trato adequado da questão energética, com diversificação de fontes e geração distribuída.

- Inédita determinação de preparar o país para enfrentar as mudanças climáticas e fazer a transição para uma economia de baixo carbono, assumindo protagonismo global nessa área.

- Manutenção das conquistas e compromisso de assegurar os direitos indígenas, de comunidades quilombolas e outras populações tradicionais. Manutenção da prerrogativa do Poder Executivo na demarcação de Terras indígenas

- Compromissos com as bases constitucionais da federação, fortalecendo Estados e municípios e colocando o desenvolvimento regional como eixo central da discussão do Pacto Federativo.

- Finalmente, destaco e apoio o apelo à união do Brasil e à busca de consenso para construir uma sociedade mais justa, democrática, decente e sustentável.

Entendo que os compromissos assumidos por Aécio são a base sobre a qual o pais pode dialogar de maneira saudável sobre seu presente e seu futuro.

É preciso, e faço um apelo enfático nesse sentido, que saiamos do território da política destrutiva para conseguir ver com clareza os temas estratégicos para o desenvolvimento do país e com tranquilidade para debatê-los tendo como horizonte o bem comum.

Não podemos mais continuar apostando no ódio, na calúnia e na desconstrução de pessoas e propostas apenas pela disputa de poder que dividem o Brasil.

O preço a pagar por isso é muito caro: é a estagnação do Brasil, com a retirada da ética das relações políticas.

É a substituição da diversidade pelo estigma, é a substituição da identidade nacional pela identidade partidária raivosa e vingativa.

É ferir de morte nossa democracia.

Chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do país e do bem comum.

É com esse sentimento que, tendo em vista os compromissos assumidos por Aécio Neves, declaro meu voto e meu apoio neste segundo turno.

Votarei em Aécio e o apoiarei, votando nesses compromissos, dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido e, principalmente, entregando à sociedade brasileira a tarefa de exigir que sejam cumpridos.

Faço esta declaração como cidadã brasileira independente que continuará livre e coerentemente, suas lutas e batalhas no caminho que escolheu.

Não estou com isso fazendo nenhum acordo ou aliança para governar.

O que me move é minha consciência e assumo a responsabilidade pelas minhas escolhas.

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