Pimentel já dá nova cara ao governo de Minas

Discreto, governador de Minas Gerais se dedica ao diálogo e à leitura de relatórios e dados econômicos sobre a herança deixada por antecessores; entrevistas, só quando tiver em mãos um balanço sobre a situação do Estado; ele assumiu pedindo trabalho aos auxiliares, mandou cortar gastos e cargos comissionados e deu início aos preparativos para cumprir compromissos de campanha  

Discreto, governador de Minas Gerais se dedica ao diálogo e à leitura de relatórios e dados econômicos sobre a herança deixada por antecessores; entrevistas, só quando tiver em mãos um balanço sobre a situação do Estado; ele assumiu pedindo trabalho aos auxiliares, mandou cortar gastos e cargos comissionados e deu início aos preparativos para cumprir compromissos de campanha
 
Discreto, governador de Minas Gerais se dedica ao diálogo e à leitura de relatórios e dados econômicos sobre a herança deixada por antecessores; entrevistas, só quando tiver em mãos um balanço sobre a situação do Estado; ele assumiu pedindo trabalho aos auxiliares, mandou cortar gastos e cargos comissionados e deu início aos preparativos para cumprir compromissos de campanha   (Foto: Valter Lima)


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247 - Em apenas 15 dias de gestão, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, pôs fim a 12 anos de isolamento do Executivo estadual e já imprimiu as marcas do diálogo e da discrição no comando do Palácio Tiradentes. Pimentel assumiu pedindo discrição e trabalho aos auxiliares, iniciou um balanço sobre a situação financeira e fiscal de Minas, mandou cortar gastos e cargos comissionados e deu início aos preparativos para cumprir compromissos de campanha.

Um exemplo é a reunião realizada entre a secretária de Educação, Macaé Evaristo, e o Sindicato Unificado dos Trabalhadores da Educação (Sind-Ute) para iniciar os estudos para o pagamento do piso nacional da categoria em Minas. No ano passado, o Sind-Ute levou um chá de cadeira de seis meses da Secretaria de Planejamento: apresentou as reivindicações da categoria em janeiro e só foi recebido em junho de 2014 para a primeira reunião com a gestão tucana.

Pimentel também se reuniu nesta semana com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para tratar dos projetos de mobilidade no estado, entre eles a ampliação metrô na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O metrô também foi um compromisso de campanha e alvo de embates com os adversários tucanos, acusados de atrasar a liberação de recursos federais em razão da não apresentação do projeto executivo das obras.

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Mas quem esperava um Pimentel agressivo em relação ao PSDB não conhece o governador de Minas Gerais. Pimentel impôs a si o mesmo silêncio que pediu aos seus secretários, mas, enquanto isso, pediu a todos um levantamento dos cargos e das lotações do pessoal do governo, empenhos e pagamentos cancelados ou suspensos, dívidas, entre outros. Em resumo, um quadro de todos os esqueletos deixados pela administração anterior nos armários e escaninhos da Cidade Administrativa.

Outra mudança que marcará a gestão Pimentel em relação aos últimos 12 anos de governo tucano é a opção pelos Projetos de Lei Ordinária, que passam pela análise dos deputados estaduais e podem sofrer mudanças na Assembléia Legislativa, para realizar a reforma administrativa. O governador recusou o uso da chamada Lei Delegada, expediente ao qual a administração tucana recorreu reiteradas vezes para realizar reformas sem a interferência do Legislativo sobre o conteúdo das propostas.

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Com a Lei Delegada – banalizada pelos tucanos, na avaliação do PT –, a Assembleia Legislativa abria mão, em favor do Executivo, do seu poder democrático e constitucional de legislar, impedindo, por tabela, que também a população opinasse sobre as propostas por meio de seus representantes escolhidos pelo voto direto. 

Até aqui, Pimentel tem evitado entrevistas, mesmo nas aparições públicas, à espera do balanço que solicitou aos seus auxiliares. O governador tem usado esse períodos para ler relatórios e balanços com números do estado, uma tarefa que teria sido facilitada, na opinião de pessoas próximas, se o governo passado tivesse realizado a transição conforme determina a lei.

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Em vez de dados reais sobre a situação do estado, Pimentel e secretários  receberam dados públicos, já acessíveis por meio dos sites oficiais. Na reuniões de transição, muitos servidores de carreira e inclusive secretários da administração tucana que gostariam de discutir alguns temas a fundo eram vigiados por Renata Vilhena, então secretária de Planejamento, e de Maria Coeli, então secretária da Casa Civil.

“Alguns chegaram a conversar conosco extraoficialmente, longe do olhar intimidador da dupla.  Mas só adiaram o inevitável. Em 90 dias, teremos um retrato mais fiel de como recebemos o estado, com dinheiro em caixa apenas porque eles suspenderam pagamentos e outros problemas mais sérios”, diz uma fonte. A conferir.

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