Aécio assume golpe e vê crime de responsabilidade
Afoito, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) passa o carro na frente dos bois e não espera nem a avaliação do Congresso para decretar que a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade; contas do governo receberam ontem parecer pela rejeição por parte do TCU, que é apenas um órgão auxiliar; decisão final cabe ao Legislativo, mas não há sequer data para a conclusão; segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, isso deve ocorrer só em 2016; "O Brasil sai muito maior deste episódio e aqueles que cometeram crimes, com a sensação da impunidade, que jamais seriam alcançados, estão hoje tendo de enfrentar um país desagregado", disse o tucano, colocando em marcha o golpe que vem tentando desde a campanha presidencial
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247 - Sem sequer esperar a análise do Congresso Nacional sobre as contas do governo da presidente Dilma Rousseff de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afoito, concluiu nesta quinta-feira 8 que Dilma cometeu crime de responsabilidade. A declaração foi feita um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU), um órgão auxiliar e independente, aconselhar o Congresso a rejeitar os números.
"O Brasil sai muito maior deste episódio e aqueles que cometeram crimes, com a sensação da impunidade, que jamais seriam alcançados, estão hoje tendo de enfrentar um país desagregado do ponto de vista econômico, com gravíssimos problemas sociais, mas um país sólido nas suas instituições. E são elas que nos permitirão uma saída para esta gravíssima crise na qual o governo do PT irresponsavelmente mergulhou o Brasil", disse o tucano em coletiva de imprensa, colocando em marcha o golpe que vem tentando desde a campanha presidencial.
A decisão final sobre as contas cabe ao Legislativo, mas ainda não há data para a conclusão. O caminho para a avaliação das contas é longo: a decisão do TCU e as contas serão encaminhadas à Comissão Mista de Orçamento, que terá 40 dias para analisar o documento, 15 dias para apresentação de emendas e mais sete para aprovação. O relatório da comissão será levado para votação em plenário, que decidirá se aprova ou rejeita as contas.
Segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a conclusão da avaliação das contas deve ocorrer só em 2016.
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