Pimentel: ‘carne de Minas pode ser consumida com tranquilidade’

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, reuniu com representantes das cadeias produtivas de carnes no estado para reforçar que, apesar dos impactos no setor, a produção mineira não pode perder credibilidade; segundo ele, nenhum frigorífico mineiro está na lista dos estabelecimentos investigados na operação "Carne Fraca"; Minas é o terceiro maior produtor de carne do país, sendo que 80% da produção é consumida no próprio estado; "O que podemos fazer agora é agir com tranquilidade e mostrar que Minas é diferente, e que, se a carne for de Minas Gerais, pode ser consumida com tranquilidade"

Governador Fernando Pimentel participa de reunião sobre Impactos da opreração Carne Fraca. 28-03-2017- Palácio da Liberdade Foto: Manoel Marques/imprensa-MG
Governador Fernando Pimentel participa de reunião sobre Impactos da opreração Carne Fraca. 28-03-2017- Palácio da Liberdade Foto: Manoel Marques/imprensa-MG (Foto: Leonardo Lucena)


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Minas 247 - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, reuniu nesta terça-feira (28) no Palácio Liberdade, em Belo Horizonte, representantes das cadeias produtivas de carnes em Minas Gerais para reforçar que, apesar dos impactos no setor, a produção mineira não pode perder credibilidade. Ele lembrou que nenhum frigorífico mineiro está na lista dos estabelecimentos investigados na operação "Carne Fraca", da Polícia Federal. Minas Gerais é o terceiro maior produtor de carne do país, sendo que 80% da produção é consumida no próprio Estado. Somente nos dois primeiros meses de 2017, o Estado exportou US$ 140,8 milhões em proteína animal (bovinos, suínos e aves), equivalentes a 58,8 mil toneladas. Minas Gerais conta com a atuação do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela fiscalização estadual.

"Compartilhamos as dificuldades e dialogamos sobre os problemas, o que precisa ser mantido. O que podemos fazer agora é agir com tranquilidade e mostrar que Minas é diferente, e que, se a carne for de Minas Gerais, pode ser consumida com tranquilidade", afirmou o governador, lembrando que "o Brasil levou dezenas de anos para construir um mercado sólido, para abrir o mercado exterior. Nós vamos trabalhar, o governo está solidário e apoiando a vocês".

A operação Carne Fraca foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 17 de março deste ano. Ao todo, 21 fábricas (18 no Paraná, duas em Goiás e uma em Santa Catarina) do ramo alimentício do País são investigadas por suspeita de comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos, supostamente cancerígenos. Fiscais também recebiam propina para aprovar a venda da carne sem a devida fiscalização. 

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O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leitão, ressaltou que o Governo de Minas Gerais fez questão de levar a discussão aos principais órgão e entidades ligadas à produção e comercialização da carne no Estado.

"A primeira preocupação é ver qual o impacto da Operação Carne Fraca na cadeia produtiva de Minas Gerais. É um setor que tem impacto muito forte na economia e representa em torno de 44% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio em Minas. Precisamos mandar uma mensagem de confiança para o consumidor, porque nenhuma unidade industrial em Minas está envolvida na operação, não tem nenhum produto que está sob suspeita. Temos um sistema estadual que funciona muito bem e é elogiado fora e dentro do país. A gente precisa reforçar que o consumidor tenha confiança na carne produzida em Minas Gerais", salientou o secretário.

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O presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni, acredita que, neste o momento, o mais importante é mostrar aos consumidores a qualidade da carne mineira para os diferentes mercados, ressaltando o padrão de fiscalização usado em Minas Gerais.  “A gente sente que esse episódio é extremamente pontual. Temos uma fiscalização extremamente efetiva e séria, com exigência dos processos.  Acho importante esse posicionamento para os consumidores. A posição da Amis é de apoio ao governo, pois sabemos da importância que o agronegócio representa para Minas Gerais e para o país”, disse.

“É importante esclarecer esse episódio, pois estamos falando de uma atividade extremamente importante, que gera emprego e renda. Agora temos que nos posicionar para o setor e para a sociedade, para resgatar o conceito da qualidade da carne mineira” afirmou o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais, José Arnaldo Cardoso Penna.

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Também participaram da reunião o secretário de Estado de Governo, Odair Cunha, representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Associação de Avicultores de Minas Gerais (Avimig), e de associações do setor.

*Com assessoria

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