Combinação explosiva na Suécia

Não há mais paz no mundo. Nem mesmo na pacífica Suécia, um dos poucos "paraísos" do planeta. A crise global não deixou ninguém de fora do "baile"



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Não há mais paz no mundo. Nem mesmo na pacífica Suécia, um dos poucos "paraísos" do planeta.

A crise global não deixou ninguém de fora do "baile". Os distúrbios dos últimos dias em Estocolmo explicam isso.

Um rápido perfil da questão: a Suécia, não é de hoje, vem promovendo uma política de imigração bastante liberal. Isso chamou a atenção de pessoas de outros países em busca de melhores oportunidades.

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Com o passar dos anos os imigrantes tornaram-se 15% da população sueca, percentual nada desprezível. Todavia, como em outros lugares da Europa, os "estrangeiros" ficaram concentrados em bairros pobres afastados do centro e ganhando salários ruins. Resultado? A combinação "explosiva" desemprego alto para imigrantes.

O sentimento de revolta já existia, mas faltava uma "fagulha" para tudo ir para os ares. Aconteceu na segunda-feira passada, na capital Estocolmo, quando um português de 68 anos foi morto dentro de casa pela polícia. Lenine Martins vivia no país há 30 anos e era casado com uma finlandesa. A versão oficial informa que Martins ameaçou agentes com um machado e foi abatido. Parentes da vítima negaram a explicação.

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Vizinhos ficaram revoltados e começaram a protestar de forma mais violenta. O "espírito da coisa" foi aumentando até chegar a cidades como Gotemburgo e Malmo, 2ª e 3ª maiores do país, respectivamente.

Escolas e ônibus foram incendiados. Os suecos reviveram 2010, quando incidentes semelhantes aconteceram.

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Moradores do bairro do português morto disseram ser alvo frequente de racismo por parte da polícia.

Claro que o fator recessão econômica é essencial para piorar o ambiente. O desemprego na Suécia está em 5,7% , um dos mais baixos da Europa, mas a taxa para os imigrantes fica em 16,5%. Para os jovens é ainda pior: 20%.

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O raro leitor vai lembrar da violência que tomou conta por alguns dias de Paris (2005) e Londres (2011). O pano de fundo à época era imigração e desemprego. Nada mudou. Ou melhor, a recessão piorou.

ps; os mais profundos sentimentos à família de Roberto Civita, presidente do Grupo Abril e responsável pelo lançamento de revistas como Realidade, Veja, Exame, Playboy, Quatro Rodas e tantas outras. O mestre brasileiro das revistas foi embora.

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