Dilma contesta Folha e cobra desculpas dos EUA

Em entrevista nesta quarta-feira, a presidente Dilma contestou reportagens da Folha e do Uol, do mesmo grupo, que tentaram igualar a espionagem americana a atos cometidos pela Abin; "Não dá para comparar o que a Abin fez, até porque não violou privacidade. Está previsto na legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. Se tivessem cometido, teriam sido afastados", disse ela; sobre as relações com os Estados Unidos, ela afirmou que só serão normalizadas após um pedido de desculpas do governo americano

Em entrevista nesta quarta-feira, a presidente Dilma contestou reportagens da Folha e do Uol, do mesmo grupo, que tentaram igualar a espionagem americana a atos cometidos pela Abin; "Não dá para comparar o que a Abin fez, até porque não violou privacidade. Está previsto na legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. Se tivessem cometido, teriam sido afastados", disse ela; sobre as relações com os Estados Unidos, ela afirmou que só serão normalizadas após um pedido de desculpas do governo americano
Em entrevista nesta quarta-feira, a presidente Dilma contestou reportagens da Folha e do Uol, do mesmo grupo, que tentaram igualar a espionagem americana a atos cometidos pela Abin; "Não dá para comparar o que a Abin fez, até porque não violou privacidade. Está previsto na legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. Se tivessem cometido, teriam sido afastados", disse ela; sobre as relações com os Estados Unidos, ela afirmou que só serão normalizadas após um pedido de desculpas do governo americano (Foto: Leonardo Attuch)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A Folha bem que tentou, mas não conseguiu constranger a presidente Dilma Rousseff a ponto de demovê-la da ideia de exigir uma retratação formal do governo norte-americano, em razão dos atos de espionagem cometidos contra autoridades brasileiras. 

Na segunda-feira, o jornal da família Frias publicou a denúncia de que diplomatas estrangeiros foram seguidos por homens da Agência Brasileira de Inteligência (leia aqui). Hoje, deu voz a diplomatas americanos, que tentaram igualar este caso, ocorrido dez anos atrás, ao monitoramento de telecomunicações de chefes de Estado feito pelo governo de Barack Obama. "Todo mundo espiona, não há virgens", dizia a reportagem do Uol, que também pertence ao grupo Folha (leia aqui).

Incomodada com essa tentativa de desqualificação da posição brasileira nas Nações Unidas, onde Brasil e Alemanha lideram uma ação contra a bisbilhotagem, a presidente Dilma entrou no assunto. "Não dá para comparar o que a Abin fez [com a espionagem dos EUA], até porque não violou privacidade. Está previsto na legislação brasileira, não cometeram nenhuma ilegalidade. Se tivessem cometido, teriam sido afastados", disse.

continua após o anúncio

Ela também afirmou que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuam no mesmo pé, ou seja, estão abaladas – em razão da espionagem, Dilma cancelou um encontro de cúpula que teria com Obama. "Só tem um jeito de resolver esse problema [da espionagem]: se desculpar pelo que aconteceu e dizer que não vai acontecer mais. Até o momento não foi possível essa solução", disse ela, durante entrevista ao Grupo RBS. "Se eu fosse aos Estados Unidos, eu e o Obama estaríamos submetidos ao constrangimento de uma nova denúncia. E aí essa seria a pauta, seriam as novas denúncias, e não nossas realizações", afirmou. 

Leia, abaixo, notícia da Reuters:

continua após o anúncio

 

Dilma defende ação da Abin e diz que não há comparação com espionagem dos EUA

continua após o anúncio

 

SÃO PAULO, 6 Nov (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira as atividades da Agência Brasileira de Inteligência, que monitorou diplomatas russos e iranianos em 2003 e 2004, e disse que essas operações não podem ser comparadas às realizadas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), que espionou cidadãos, autoridades e empresas brasileiras.

continua após o anúncio

Em entrevista ao Grupo RBS, que publica o jornal Zero Hora, Dilma também afirmou que a falta de um pedido de desculpas do governo norte-americano foi um dos fatores que a levaram a adiar a visita de Estado que tinha marcada para o mês passado aos EUA.

"E acho que não pode comparar o que a Abin fez em 2003 e 2004, até porque tem um lado dessa ação da Abin que, segundo eles, era contra inteligência, porque estavam achando que tinham interferências em negócios privados, negócios públicos no Brasil. Foi preventivo. Não levou a nenhuma consequência de espionar ninguém na sua privacidade", disse a presidente, acrescentando que a ação da agência brasileira está "prevista na legislação brasileira".

continua após o anúncio

"No outro caso, não é isso. No outro caso, é um aparato de violação da privacidade, dos direitos humanos e da soberania do país. Algo que não acho correto."

Dilma revelou que seu governo propôs aos EUA um acordo para que fosse mantida a visita de Estado, que incluía um pedido de desculpas e o compromisso de que as atividades de espionagem parariam.

continua após o anúncio

"A questão é a seguinte: eu iria viajar. A discussão que derivou das denúncias nos levou a fazer a seguinte proposta aos EUA: só tem um jeito de a gente resolver esse problema. Eles teriam de se desculpar pelo que aconteceu e dizer que não aconteceria mais. Não foi possível chegar a esse termo", disse a presidente.

Dilma negou que houvesse "interrupção" nas relações entre Brasil e Estados Unidos e disse ainda que uma eventual viagem dela ao país poderia trazer constrangimentos tanto a ela quanto ao presidente norte-americano, Barack Obama.

continua após o anúncio

"O que aconteceria (se eu viajasse)? Eu e o presidente Obama estaríamos submetidos ao constrangimento de uma nova denúncia. E aí o tema que vocês pautariam não seria as nossas realizações. Seriam justamente essas denúncias."

AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS

A presidente também foi questionada sobre a possibilidade de a Petrobras elevar os preços dos combustíveis e voltou a dizer que não recebeu nenhuma proposta neste sentido.

"Isso não é uma pergunta que se faça para presidente da República responder", afirmou. "Não vi, não me deram e eu não me manifestei sobre nenhuma proposta", acrescentou.

(Reportagem de Eduardo Simões)


iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247