Ladrões roubam sangue do papa João Paulo 2º
Assaltantes invadiram uma pequena igreja nas montanhas a leste de Roma durante o fim de semana e roubaram um relicário que continha o sangue do papa João Paulo 2º; policiais também perceberam a falta de um crucifixo; o sangue era um presente do pontífice à comunidade local de Abruzzo, como símbolo do amor sentido por ele pela região montanhosa
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Por Philip Pullella
ROMA, 27 Jan (Reuters) - Ladrões invadiram uma pequena igreja nas montanhas a leste de Roma durante o fim de semana e roubaram um relicário que continha o sangue do papa João Paulo 2º, afirmou uma guardiã do local nesta segunda-feira.
Franca Corrieri disse que descobriu uma janela quebrada no domingo de manhã e chamou a polícia. Quando os policiais entraram na pequena igreja de pedra, perceberam a falta do relicário de ouro e de um crucifixo.
João Paulo 2º, que morreu em 2005, amava as montanhas da região de Abruzzo, a leste de Roma. Alguma vezes ele escapava secretamente do Vaticano para caminhar e esquiar na área e rezar na igreja.
O polonês João Paulo, cujo papado durou 27 anos, deve ser santificado pela Igreja Católica em maio, fazendo com que o relicário se torne mais peculiar e valioso.
Em 2011, o ex-secretário particular de João Paulo, o cardeal Stanislaw Dziwisz, presenteou a comunidade local de Abruzzo com um pouco do sangue do pontífice, como símbolo do amor sentido por ele pela região montanhosa.
O sangue foi depositado em um recipiente de ouro e vidro e mantido em um nicho na pequena igreja de San Pietro della Ienca, perto da cidade de L'Aquila.
Corrieri disse à Reuters que o incidente dá sensação mais de um "sequestro" do que um roubo. "Em certo sentido, uma pessoa foi levada", disse ela por telefone.
Nada mais foi levado da isolada igreja além do relicário e do crucifixo, embora Corrieri diga que os ladrões provavelmente tiveram tempo para levar outros objetos durante o roubo, realizado à noite.
Bolsas de sangue de João Paulo foram guardadas após uma tentativa de assassinato que quase o matou, na Praça de São Pedro, em 12 de maio de 1981.
(Reportagem de William James)
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