Bibi, o genocida, faz sua concessão: quatro horas

Pressionado por países neutros, como o Brasil, e até por aliados, como Estados Unidos e Inglaterra, o governo israelense de Benjamin Netanyahu, que já assassinou mais de mil civis na Faixa de Gaza, aceitou fazer uma concessão: irá paralisar a matança por quatro horas; isso mesmo, quatro horas; pressão internacional mostra que o Itamaraty se antecipou aos fotos e se colocou do lado certo da história

Pressionado por países neutros, como o Brasil, e até por aliados, como Estados Unidos e Inglaterra, o governo israelense de Benjamin Netanyahu, que já assassinou mais de mil civis na Faixa de Gaza, aceitou fazer uma concessão: irá paralisar a matança por quatro horas; isso mesmo, quatro horas; pressão internacional mostra que o Itamaraty se antecipou aos fotos e se colocou do lado certo da história
Pressionado por países neutros, como o Brasil, e até por aliados, como Estados Unidos e Inglaterra, o governo israelense de Benjamin Netanyahu, que já assassinou mais de mil civis na Faixa de Gaza, aceitou fazer uma concessão: irá paralisar a matança por quatro horas; isso mesmo, quatro horas; pressão internacional mostra que o Itamaraty se antecipou aos fotos e se colocou do lado certo da história (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel vai estender a trégua humanitária na Faixa de Gaza por mais quatro horas, disse uma fonte do governo neste sábado, enquanto o número de mortes palestinas na guerra de 19 dias superou 1 mil.

Não ficou imediatamente claro se islamistas do Hamas, que controlam Gaza, também aceitaram prolongar o cessar-fogo, originalmente de 12 horas, até a meia-noite (18h, no horário de Brasília).

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Os moradores da região aproveitaram a pausa no combate para recuperar os mortos e estocar suprimentos, inundando as ruas após o início do cessar-fogo e descobrindo cenas de destruição massiva em algumas áreas.

"Tudo acabou, todas as nossas vidas estavam naquela casa, lar de 18 pessoas!", gritou Zaneen, uma pequena mulher vestindo um robe negro e véu roxo, enquanto explorava os destroços da cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza.

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"Meu Deus, queremos paz, paz e que tudo isso pare!"

O gabinete de segurança de Israel deve se reunir ainda neste sábado para discutir os esforços internacionais, que estão sendo liderados pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, em Paris, para assegurar trégua mais duradoura.

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Mas embora Israel esteja disposta a estender o cessar-fogo, um ministro do gabinete de segurança, Gilad Erdan, disse que a possibilidade de acordo definitivo parece remota, sem que representantes de Israel, Egito ou da Autoridade Palestina presentes nas negociações em Paris.

"Acho que estamos muito longe de uma solução diplomática. Faz muito mais sentido estarmos mais perto de expandir a operação militar", disse ele a um canal da televisão israelense.

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O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashrak Al-Qidra, disse que equipes de resgate aproveitaram a trégua para explorar bairros destruídos e recuperaram mais de 100 corpos.

Isso levou o número de fatalidades palestinas, a maioria delas civis, a 1.000 desde 8 de julho, quando Israel lançou sua ofensiva, com o fim de dar fim aos ataques de mísseis de Gaza.

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Pouco antes do início da trégua, 18 membros de uma única família, incluindo cinco crianças, morreram em ataque perto da cidade de Khan Younis, no sul do país, afirmaram médicos.

Israel deixou claro que, apesar da trégua, seu exército continuará buscando túneis usados por militantes. O Hamas e aliados aceitaram os termos e não houve relatos de violência intensa durante o dia.

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Leia, ainda, reportagem da Reuters sobre a pressão de países aliados pelo cessar-fogo:

Ministros pedem extensão de cessar-fogo de 12 horas em Gaza

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PARIS (Reuters) - Ministros das Relações Exteriores dos Estados Unidos, da Europa e do Oriente Médio pediram neste sábado a extensão do cessar-fogo de 12 horas entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tem liderado os esforços internacionais para dar fim ao conflito de 19 dias em que 940 palestinos, muitos dos quais civis, foram mortos. Ele se encontrou com autroidades da Europa, do Catar e da Tuquia --importante interlocutores do Hamas-- em reuniões em Paris.

"Todos nós pedimos que os envolvidos estendam o cessar-fogo humanitário que está atualmente em andamento", disse Fabius a jornalistas após reunião que incluiu os ministros das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Catar, Turquia e EUA.

"Todos nós queremos obter, o mais rapidamente possível, um cessar-fogo duradouro e negociado que responda tanto às necessidades de Israel em termos de segurança e às necessidades da Palestina em termos de desenvolvimento sócio-econômico (de Gaza) e acesso ao território de Gaza", acrescentou Fabius.

Os ministros, junto com o diplomata sênior da UE Pierre Vimont, reuniram-se no mesmo dia em que Israel começou um cessar-fogo de 12 horas, durante o qual disse que vai continuar buscando túneis utilizados por militantes. O grupo islamista Hamas, que domina Gaza, disse que todas as facções palestinas respeitarão a breve trégua.

Os EUA se recusam a negociar com o Hamas porque consideram a facção palestina um grupo terrorista.

"A necessidade atualmente é dar fim às mortes", disse o secretário de Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, a jornalistas.

"E paramos com as mortes através da extensão desse cessar-fogo por 12 horas, 24 horas ou 48 horas -- e então novamente, até que tenhamos estabelecido o nível de confiança que permite que os envolvidos sentem-se à mesa e discutam questões significativas", acrescentou.

(Reportagem de Arshad Mohammed e Mark John)



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