Obama anuncia hoje novas regras para imigrantes sem documento

As novas normas de migração terão efeito sobre a vida de cerca de 4 milhões de pessoas que residem nos Estados Unidos e não têm documento. Ao longo desta semana, a Casa Branca promoveu várias reuniões, e interlocutores do governo falaram sobre o plano. O anúncio pode provocar reações no Congresso americano que, após as eleições do começo deste mês, tem maioria republicana

Presidente Barack Obama durante reunião na Casa Branca, em 18 de novembro.       REUTERS/Larry Downing
Presidente Barack Obama durante reunião na Casa Branca, em 18 de novembro. REUTERS/Larry Downing (Foto: Leonardo Attuch)


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Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC

O presidente norte-americano, Barack Obama, apresenta hoje (20) um plano de mudanças sobre migração. O anúncio deve ser feito à noite, em discurso transmitido pelas redes de televisão e rádio do país.

As novas normas de migração terão efeito sobre a vida de cerca de 4 milhões de pessoas que residem nos Estados Unidos e não têm documento. Ao longo desta semana, a Casa Branca promoveu várias reuniões, e interlocutores do governo falaram sobre o plano. O anúncio pode provocar reações no Congresso americano que, após as eleições do começo deste mês, tem maioria republicana.

Em vídeo divulgado nessa quarta-feira (19) no site da Casa Branca, Obama disse que fará o discurso às 20h (23h no horário brasileiro de verão). “Vou falar sobre as medidas que posso tomar para começar a consertar nosso sistema de imigração, porque todo mundo concorda que ele está quebrado”, acrescentou.

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A revisão da Lei de Imigração é uma promessa antiga de Obama, ainda em seu primeiro mandato, e um projeto de reforma do sistema migratório deveria ter sido enviado pelo Executivo ao Congresso, mas isso não ocorreu. Em junho, Obama disse que não esperava que o Congresso aprovasse uma reforma e que anunciaria mudanças no fim de setembro.

À imprensa americana, funcionários da Casa Branca ressaltaram que, apesar da assinatura do decreto, Obama estaria aberto para enviar uma proposta de reforma migratória ampla, caso os republicanos não impeçam a votação da matéria.

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Os detalhes sobre o plano não foram revelados, mas os jornais e as emissoras de TV americanas especulam e analisam o teor do decreto que Obama pretende anunciar. Ainda não se sabe se a Casa Branca pretende “legalizar” também os residentes sem documentos que trabalham nos Estados Unidos. Alguns analistas apostam que o decreto deve contemplar os imigrantes sem documento que residam no país a partir de um número mínimo de anos.

O número de imigrantes beneficiados vai depender dos limites estabelecidos pela lei. A Rede CNN de Televisão mostrou que se a medida se limita aos migrantes que tenham filhos no país e um tempo mínimo de cinco anos, o número de beneficiados poderia ser 3,3 milhões. Se o número de anos sobe para dez como exigência mínima, o benefício atingiria 2,5 milhões de pessoas.

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O decreto  deverá aumentar o rigor com relação à deportação de imigrantes criminosos (sem documentos, que cometeram delitos em território americano) e ainda a expansão de vistos de trabalho para áreas específicas. Medidas sobre segurança nas fronteiras também devem ser anunciadas

Amanhã (21), o presidente viajará até uma escola secundária em Las Vegas, Nevada, para buscar apoio às suas ações e detalhar o impacto do projeto em um estado onde os latinos formam um eleitorado crescente e politicamente poderoso. As eleições presidenciais que vão escolher o sucessor de Obama serão feitas em 2016. Para ele, é essencial conseguir o apoio da comunidade de imigrantes, especialmente dos provenientes da América Latina, maior parcela dos que vivem no país.

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