Número de famintos no mundo cai para menos de 800 milhões, diz ONU

Quinze anos depois de a ONU colocar a erradicação da fome e da extrema pobreza no topo de suas Metas de Desenvolvimento do Milênio, caiu para 795 milhões o número de pessoas que ainda vai para a cama com fome, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira; relatório de três agências da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que ao longo dos últimos dez anos 167 milhões de pessoas deixaram de passar fome

Criança comendo enquanto recebe ajuda de programa da ONU, no Iêmen. 02/07/2012    REUTERS/Mohamed al-Sayaghi
Criança comendo enquanto recebe ajuda de programa da ONU, no Iêmen. 02/07/2012 REUTERS/Mohamed al-Sayaghi (Foto: Paulo Emílio)


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Reuters - Quinze anos depois de a ONU colocar a erradicação da fome e da extrema pobreza no topo de suas Metas de Desenvolvimento do Milênio, caiu para 795 milhões o número de pessoas que ainda vai para a cama com fome, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira.

O relatório de três agências da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que ao longo dos últimos dez anos 167 milhões de pessoas deixaram de passar fome.

Em 2000, quando a população mundial era de 6 bilhões e foram estabelecidas as metas do milênio, o número de pessoas que não tinha o suficiente para comer era estimado em 826 milhões. No entanto, depois disso a população mundial cresceu para mais de 7 bilhões.

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Apenas 72 dos 129 países em desenvolvimento do mundo (56 por cento) alcançaram a meta de reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome nos últimos 15 anos, segundo o relatório "Estado da Insegurança Alimentar no Mundo em 2015".

O sul da Ásia enfrenta a maior situação de fome no mundo, em número de afetados, com 281 milhões de pessoas sem comida suficiente, de acordo com as agências da ONU.

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O relatório assinala que a África subsaariana tem a maior prevalência de fome: mais de 23 por cento da população não tem o suficiente para comer.

Maus governos, conflitos violentos e crises prolongadas estão emperrando muitas nações africanas. Em 1990, 12 países em todo o continente enfrentavam crises alimentares. Vinte anos depois, o número subiu para 24, incluindo 19 que estiveram em crise por mais de oito dos dez anos anteriores. As regiões que mais avançaram incluem:

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- América do Sul, em que menos de 5 por cento da população passa fome hoje, uma redução de mais de 50 por cento a partir de 1990.

- Ásia Central, Sudeste Asiático e partes do norte da África também mostraram progressos significativos, disseram a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outras agências da ONU com sede em Roma.

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Nos países desenvolvidos, cerca de 15 milhões de pessoas também passam fome.

O crescimento econômico sozinho muitas vezes não é suficiente para acabar com a fome. Em vez disso, os governos deveriam se concentrar em "crescimento inclusivo", recomenda o relatório.

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(Reportagem de Chris Arsenault)

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